AMOR E ÓDIO. 2
Muitos não percebem plenamente, mas carregam um ódio imenso dentro de seu interior. Acham natural, está enraizado. Uma vida sem paz. Esse conflito deve ser resolvido.
Declaram amar, ser o grande e mais importante sentimento, e manifestam ódio desmedido. Desponta claro mal estar com situações favoráveis dos outros que os “odientos” não têm e gostariam de ter. Não conseguem esconder a ponte de suas aspirações com o sonho, que as vezes negam. Uma ponte dessas vontades quase únicas da falta de condições são as “loterias esportivas”. As filas do sonho serpenteiam na porta dessas instituições como lagartas de muitos pés.
Sem perceberem, lançam no coletivo suas barras existenciais do ódio, sem poderem nublar o que realmente se esconde atrás do sentimento declarado. E falam em bondade, reconhecimento, desvelo e amor.
Ressai dos veículos de comunicação, todos, neles incluído a internet com visão mais forte.
Reflexão e arrependimento são os tons que descerra a cortina natalícia.
Problemas existenciais não podemos alterar, nem sob efeitos químicos, "ao cabo", lá estão eles. Não é possível afastar ódios a alguma coisa, ou pessoas, posições de várias espécies sem esforço para limpar nosso interior. É uma coisa que vem de dentro, maléfica, viscosa e densa, que revela ódio incontido, que extravasa. Uma sequela grave.
O Messias veio ao mundo para e indicar o caminho a seguir, da mesma forma que se conduzem os pais após os ensinamentos ministrados, a liberdade de escolha. Ódio e amor são excludentes.
Realidades dão alegrias ou depressão, esta na angústia em não barrar nossos limites que teimamos em não enxergar, pretendendo ser mais do que somos, odiando por frustração e inveja o que não conseguimos. É necessário mudar para ordenar nosso ser.
O anjo e o demônio atravessaram a biografia do homem, estabelecidos os padrões pelo livre arbítrio, pela liberdade de vontade conferida por Deus e ratificada em seu filho, Jesus de Nazaré. Paradoxo conviverem no homem o bem e o mal. Trata-se do convívio impossível. Há sim, a capacidade de opção entre os opostos. A impossibilidade de convívio diz respeito aos opostos que se excluem. Não temos dentro de nós o bem e o mal, temos vontade dirigida para um fim, é aspecto psicológico-normativo de conduta.
Uma variante da religião muçulmana, o sufismo, tem como atributo principal do homem criado por Deus, ter o bem e o mal dentro de seu ser e conviverem em equilíbrio. Estariam presentes em nossas mentes e nós convivemos com eles. Como nossas mãos, direita e esquerda. A presença do bem e do mal produz o equilíbrio, entende o sufismo.
Equívoco primário. Equilíbrio só é viável pela prática do bem, não tendo ódio. Toda cultura codificada pela humanidade se orienta para esse fim. Ter a opção de odiar ou amar, como base, decorre do livre arbítrio, não é de forma alguma fator de equilíbrio odiar. Esse convívio é impossível, ódio e amor. Ódio só traz desequilíbrio. Natal é tempo de conscientizar, mudando, podendo limpar o interior. Jesus de Nazaré ilumina para tanto.