O BOM PASTOR
Há alguns anos atrás, todas as manhãs eu costumava sair para uma caminhada.
Tomava o rumo da estrada que levava à olaria São Francisco,ou olaria do Michalak como era conhecida.
O caminho era convidativo dado ao silêncio entrecortado de gorjeios, ainda que vez e outra algum cachorro vadio quisesse "encarar",o que me obrigava o uso de algum apetrecho para defesa.
Mais tarde, alguns "tipos exóticos" começaram a cruzar o caminho, causando-me apreensão,embora jamais tenham me causado algum incômodo.
Então, assim que adentrava no trecho,(era uma longa estradinha de mato) cortava um galho de aça peixe como garantia contra a cachorrada e congêneres.
Me habituei de tal maneira que só percorria o caminho de posse de um pedaço de pau que mais parecia um cajado,o que me valeu o gracioso apelido de "O bom pastor".
No retorno,quando concluia o trecho de mato e estava adentrando na Vila, camuflava o "cajado" sob alguns arbustos para só usa-lo na manhã seguinte.
Assim ocorreu por um longo tempo.
Numa certa madrugada,uns arruaceiros fecharam o pau (literalmente) na esquina de minha casa.
Quando raiou o dia,restara sobre a grama um pedaço de pau de aproximadamente um metro e meio,de uma madeira muito resistente e já polido pela ação do uso.
Adotei-o; e a partir daí,era ele o cajado (e bota cajado nisso!) do "Bom pastor".
Foram meses de uso e o ritual sempre cumprindo-se à risca.
Camuflava o cambuí entre as touceiras à beira do caminho para só usa-lo no dia seguinte.
Numa certa manhã, aproximando-me do local onde repousava meu objeto de estimação,percebo um senhor já de certa idade,descendo o machado num pedaço de pau.
Para meu espanto, era no meu cajado !
O infeliz não conseguia cortá-lo dada a rigidez da madeira.
Cumprimentou-me todo amistoso e até pediu-me ajuda para "picar aquela desgraça", segundo suas palavras.
Não tive outra escolha,meti o machado e o fiz em pequenos pedaços.
Agradecido, o "achador de cambuís alheios" saiu carregando a lenha em seu carrinho de mão.
Não sem antes soltar a pérola.
-O senhor é gordo mais boleia bem um machado !
Hoje meu fogãozinho vai estufá de quentura com essa perobinha kkkkkkkkkkk
Deus lhe acompanhe.Ah! É bom se cuidá.
Quebre um "gaínho" de aça peixe pra "erguê na bordoada" argum cachorro que encontrá pela frente.
Em pensamentos pensei usar aquelas letrinhas elogiosas:
Véio fdp.
Felizmente meus botões me contiveram.
-Olha o bom senso, a educação, o respeito...
Gordo bom pastor kkkkkkk
Joel Gomes Teixeira
Há alguns anos atrás, todas as manhãs eu costumava sair para uma caminhada.
Tomava o rumo da estrada que levava à olaria São Francisco,ou olaria do Michalak como era conhecida.
O caminho era convidativo dado ao silêncio entrecortado de gorjeios, ainda que vez e outra algum cachorro vadio quisesse "encarar",o que me obrigava o uso de algum apetrecho para defesa.
Mais tarde, alguns "tipos exóticos" começaram a cruzar o caminho, causando-me apreensão,embora jamais tenham me causado algum incômodo.
Então, assim que adentrava no trecho,(era uma longa estradinha de mato) cortava um galho de aça peixe como garantia contra a cachorrada e congêneres.
Me habituei de tal maneira que só percorria o caminho de posse de um pedaço de pau que mais parecia um cajado,o que me valeu o gracioso apelido de "O bom pastor".
No retorno,quando concluia o trecho de mato e estava adentrando na Vila, camuflava o "cajado" sob alguns arbustos para só usa-lo na manhã seguinte.
Assim ocorreu por um longo tempo.
Numa certa madrugada,uns arruaceiros fecharam o pau (literalmente) na esquina de minha casa.
Quando raiou o dia,restara sobre a grama um pedaço de pau de aproximadamente um metro e meio,de uma madeira muito resistente e já polido pela ação do uso.
Adotei-o; e a partir daí,era ele o cajado (e bota cajado nisso!) do "Bom pastor".
Foram meses de uso e o ritual sempre cumprindo-se à risca.
Camuflava o cambuí entre as touceiras à beira do caminho para só usa-lo no dia seguinte.
Numa certa manhã, aproximando-me do local onde repousava meu objeto de estimação,percebo um senhor já de certa idade,descendo o machado num pedaço de pau.
Para meu espanto, era no meu cajado !
O infeliz não conseguia cortá-lo dada a rigidez da madeira.
Cumprimentou-me todo amistoso e até pediu-me ajuda para "picar aquela desgraça", segundo suas palavras.
Não tive outra escolha,meti o machado e o fiz em pequenos pedaços.
Agradecido, o "achador de cambuís alheios" saiu carregando a lenha em seu carrinho de mão.
Não sem antes soltar a pérola.
-O senhor é gordo mais boleia bem um machado !
Hoje meu fogãozinho vai estufá de quentura com essa perobinha kkkkkkkkkkk
Deus lhe acompanhe.Ah! É bom se cuidá.
Quebre um "gaínho" de aça peixe pra "erguê na bordoada" argum cachorro que encontrá pela frente.
Em pensamentos pensei usar aquelas letrinhas elogiosas:
Véio fdp.
Felizmente meus botões me contiveram.
-Olha o bom senso, a educação, o respeito...
Gordo bom pastor kkkkkkk
Joel Gomes Teixeira