Crônicas do esporte: do Brasil para a América

Crônicas do esporte: do Brasil para a América

Na noite da última quarta (12), aconteceu o último, porém mais importante jogo dos últimos doze anos para o, agora, Athletico Paranaense diante do Junior de Barranquilla (COL) na Arena da Baixada.

Um turbilhão de emoções, resume-se. Com o resultado acumulado em 1 a 1 do jogo de ida na Colômbia, o jogo da última quarta tinha todos os ingredientes para a emoção “à flor da pele”. Diante dessa expectativa, o jogo não decepcionou.

Por ser o mandante, o Athletico dominou todo o primeiro tempo, saiu à frente no placar (assim como no jogo de ida). Porém, manteve mais sob controle e o jogo foi para o intervalo com o furacão campeão.

No entanto, a segunda etapa foi bem, mas bem diferente. Mostrando personalidade e maturidade técnica, o time colombiano impôs seu ritmo de jogo, parecia estar jogando em casa. De tanto pressionar, após uma falha de posicionamento do time brasileiro, os colombianos chegaram ao empate. Só não foi pior, porque eles não quiseram terminar no tempo normal.

Com o jogo na prorrogação, novamente, o primeiro tempo foi de domínio atleticano, porém, sem semelhante efetividade.

Nos últimos quinze minutos da prorrogação, o jogo deu uma “esfriada”, os colombianos satisfeitos com o empate e o Athletico, sem efetividade. Os colombianos, assim como no jogo da ida, ainda perderam um pênalti, no melhor ataque da prorrogação.

Nas cobranças de pênaltis, o equilíbrio até deu às caras, porém, não durou muito. Logo, os colombianos repetiram a falta de preparo e erraram algumas cobranças, enquanto o Athletico, perdeu apenas uma, quando podia, estava na frente.

Após a cobrança acertada do zagueiro Tiago Heleno, o sonho que ficou no quase, lá em 2005 diante do São Paulo pela final da Libertadores, teve um final feliz para os athleticanos, veio o primeiro título internacional, premiação “gorda” e a vaga direta no grupo da Libertadores do próximo ano.

Um dos elencos mais jovens do Brasil, o athleticano, finalmente, conquistou à América.

Este desempenho é reflexo, sobretudo, do belo trabalho desenvolvido pelo técnico Thiago Nunes, que assumiu o time na penúltima posição, fez uma campanha digna de título (com o melhor ataque da competição), e foi premiado com o título.

Piadas relacionadas à mudança de nome e escudo, tomadas afim de se conquistar uma identidade própria, o fato é que o efeito foi o mais imediato possível. Por isso, as piadas Brasil à fora.

Marcel Lopes

Historiador (bacharel e licenciado) UTP