O livro bom e o livro ruim

Comprei dois livros de contos nesta semana. Um de um autor consagrado, o outro de um ilustre desconhecido. Comecei a ler os dois quase simultaneamente. O livro do autor consagrado começou com contos fracos para quem já escreve há muito tempo e é um autor best-seller. O livro do ilustre desconhecido também me surpreendeu, mas positivamente! Os contos eram bem escritos e muito originais. Nem sempre um escritor famoso acerta ao escrever um livro. Às vezes, ele vende o livro mais pela fama adquirida, ao longo de sua carreira, do que pelo conteúdo do manuscrito. É claro que o livro de quem está acostumado a escrever não costuma ser uma porcaria, porque se fosse estes autores não venderiam tanto, nem seriam best-sellers! Mas, algumas vezes, eles erram a mão e o que pode ser fatal num romance, pode ser tolerável numa coletânea de contos (como é o caso). Às vezes só um ou dois contos do livro são ruins, bastando apenas o leitor virar algumas páginas para encontrar um que o agrade mais. Porém, quando o conto do escritor famoso que dá título a seu livro é decepcionante, é melhor parar de ler o livro que eu julgava bom e passar a ler o livro do ilustre desconhecido que começou bem demais. Afinal de contas: tempo é dinheiro!, não é mesmo?

FIM