PESSOAS ESTRELAS E PESSOAS ASTEROIDES
- Crônica do dia 10-12-2018 -
Dois corpos celestes intrigantes, de comportamentos totalmente diferentes. Por suas naturezas, totalmente diferentes.
Um é minério, o outro, gás. Um queima. O outro, é queimado. Um traz a vida. O outro, tira.
Um alegra. O outro? Faz chorar!
Assim como os corpos celestes, existem “pessoas estrela”, e existem “pessoas asteroide”.
As pessoas estrela, têm uma energia maravilhosa, aquele espírito de bondade e de alegria, que só de chegar perto, entramos em sua órbita e nos fixamos. Porque ela nos atrai com sua grande força gravitacional.
E essa gravidade, intrínseca a ela, é tão forte, mas, tão forte, que diversos astros giram ao seu redor, e a partir da energia maravilhosa desta estrela, todos estes corpos criam vida, e passam a ser quentes e agradáveis.
As pessoas estrela estão sempre brilhando, e o seu brilho alcança distâncias impressionantes, e todos, logo ao amanhecer, viram seus olhos para ela, para animarem-se, para ficarem felizes, para terem fé na vida.
O dia em que essa pessoa estrela se esconde, ou seu brilho se ofusca, todos sentem sua falta, e por mais que reclamem às vezes de seu intenso calor, ou brilho, basta desaparecer por algum tempo, para que todos sintam saudades!
Já a pessoa asteroide, é aquela pessoa que todo mundo quer longe, que quando desaparece, é um alívio muito grande, e que é mais prazeroso imaginar que ela, sequer, existe. A verdadeira PERSONA NON GRATA.
Porque a pessoa asteroide, entra do nada em sua vida, com um brilho falso, no meio do escuro, tentando convencer a todos que é estrela. Mas só consegue ser cadente.
E quando se aproxima da nossa órbita, tentamos repelir de toda forma, mas, ainda assim, ela consegue adentrar de alguma forma, mesmo que só um pouquinho dela.
E esse pouquinho dela que encosta faz uma CRATERA na gente.
A pessoa asteroide vive enchendo o saco pra que lembremos que ela existe, e ainda tenta nos convencer de que fez bem a nossa vida, porque há sessenta e quatro milhões de anos, ela matou os dinossauros, que, segundo ela, sem esse fato, não existiríamos.
É uma pessoa que está sempre fazendo propaganda mentirosa de si mesma, que está sempre tentando nos convencer que é útil, mas que, causam tantas dores, que estudamos, todos os dias, uma forma de repeli-las com eficiência.
A pessoa estrela tem luz própria e flutua, com sua energia magnífica atrai positivamente, todos ao seu redor, mas sabe manter a distância para apenas iluminar e aquecer, sem jamais queimar ou derreter o corpo que se aproxima.
A pessoa asteroide vaga sem rumo, tentando entrar na órbita de qualquer um, e por sua euforia e falta de rumo na vida, acaba sempre entrando em choque, e fazendo crateras nos corpos que estavam em harmonia.
A pessoa estrela é como um vagalume, o asteroide como uma serpente.
Esta última persegue o primeiro até o alto do galho mais fino de uma árvore, apenas para destruí-lo, e tenta até exaurir todas as suas forças.
E aí o vagalume, cansado de fugir, já ofegante, porém, em um ponto seguro, lhe pergunta:
- Mas dona serpente, por que é que a senhora quer me devorar? Qual mal lhe fiz? Nem sirvo de alimento para a senhora!
A resposta, mesmo que silenciosa e transmitida por olhares é sempre a mesma:
- Te odeio porque você tem luz própria e voa! Todos acham seu espetáculo bonito, você se alimenta de néctar e é amigo de todos os humanos. Enquanto eu, eu sou uma criatura pérfida que rasteja, sequer sinto o sabor dos alimentos, e eles ainda apodrecem em meu estômago.
E conclui:
- Ninguém quer o meu abraço, o frio do meu corpo incomoda as pessoas, minha mordida é assustadora, e escorre veneno de minha boca...
Graciliano Tolentino
- Crônica do dia 10-12-2018 -
Dois corpos celestes intrigantes, de comportamentos totalmente diferentes. Por suas naturezas, totalmente diferentes.
Um é minério, o outro, gás. Um queima. O outro, é queimado. Um traz a vida. O outro, tira.
Um alegra. O outro? Faz chorar!
Assim como os corpos celestes, existem “pessoas estrela”, e existem “pessoas asteroide”.
As pessoas estrela, têm uma energia maravilhosa, aquele espírito de bondade e de alegria, que só de chegar perto, entramos em sua órbita e nos fixamos. Porque ela nos atrai com sua grande força gravitacional.
E essa gravidade, intrínseca a ela, é tão forte, mas, tão forte, que diversos astros giram ao seu redor, e a partir da energia maravilhosa desta estrela, todos estes corpos criam vida, e passam a ser quentes e agradáveis.
As pessoas estrela estão sempre brilhando, e o seu brilho alcança distâncias impressionantes, e todos, logo ao amanhecer, viram seus olhos para ela, para animarem-se, para ficarem felizes, para terem fé na vida.
O dia em que essa pessoa estrela se esconde, ou seu brilho se ofusca, todos sentem sua falta, e por mais que reclamem às vezes de seu intenso calor, ou brilho, basta desaparecer por algum tempo, para que todos sintam saudades!
Já a pessoa asteroide, é aquela pessoa que todo mundo quer longe, que quando desaparece, é um alívio muito grande, e que é mais prazeroso imaginar que ela, sequer, existe. A verdadeira PERSONA NON GRATA.
Porque a pessoa asteroide, entra do nada em sua vida, com um brilho falso, no meio do escuro, tentando convencer a todos que é estrela. Mas só consegue ser cadente.
E quando se aproxima da nossa órbita, tentamos repelir de toda forma, mas, ainda assim, ela consegue adentrar de alguma forma, mesmo que só um pouquinho dela.
E esse pouquinho dela que encosta faz uma CRATERA na gente.
A pessoa asteroide vive enchendo o saco pra que lembremos que ela existe, e ainda tenta nos convencer de que fez bem a nossa vida, porque há sessenta e quatro milhões de anos, ela matou os dinossauros, que, segundo ela, sem esse fato, não existiríamos.
É uma pessoa que está sempre fazendo propaganda mentirosa de si mesma, que está sempre tentando nos convencer que é útil, mas que, causam tantas dores, que estudamos, todos os dias, uma forma de repeli-las com eficiência.
A pessoa estrela tem luz própria e flutua, com sua energia magnífica atrai positivamente, todos ao seu redor, mas sabe manter a distância para apenas iluminar e aquecer, sem jamais queimar ou derreter o corpo que se aproxima.
A pessoa asteroide vaga sem rumo, tentando entrar na órbita de qualquer um, e por sua euforia e falta de rumo na vida, acaba sempre entrando em choque, e fazendo crateras nos corpos que estavam em harmonia.
A pessoa estrela é como um vagalume, o asteroide como uma serpente.
Esta última persegue o primeiro até o alto do galho mais fino de uma árvore, apenas para destruí-lo, e tenta até exaurir todas as suas forças.
E aí o vagalume, cansado de fugir, já ofegante, porém, em um ponto seguro, lhe pergunta:
- Mas dona serpente, por que é que a senhora quer me devorar? Qual mal lhe fiz? Nem sirvo de alimento para a senhora!
A resposta, mesmo que silenciosa e transmitida por olhares é sempre a mesma:
- Te odeio porque você tem luz própria e voa! Todos acham seu espetáculo bonito, você se alimenta de néctar e é amigo de todos os humanos. Enquanto eu, eu sou uma criatura pérfida que rasteja, sequer sinto o sabor dos alimentos, e eles ainda apodrecem em meu estômago.
E conclui:
- Ninguém quer o meu abraço, o frio do meu corpo incomoda as pessoas, minha mordida é assustadora, e escorre veneno de minha boca...
Graciliano Tolentino