ERA COLLOR
Aposentei-me da gerência do BB –Capão Bonito em 1989 para cursar jornalismo na Unesp-Bauru. Deixar uma gerência para estudar. Que cabeçada, penso agora...
Saquei o fundo de garantia e deixei na poupança. Aí veio a Zélia Cardoso de Mello e confiscou tudo. Deixou uma ninharia para vivermos. Estava em conta conjunta com a mulher. Foi desmembrada, só com um titular.
Voltei para Lins e trouxe as minhas contas. Esqueci as da mulher. Passados uns dez anos colega de Lins descobriu o vultosa saldo. Deu para comprar dois Gols, zero. O colega que descobriu o meu dinheiro, pediu-me como presente, um micro para sua filha. Custava um bom dinheiro na época.
Lembra da Zélia? Quando ministra do governo Collor manteve romance com o Bernardo Cabral, ministro da Justiça. Numa festa no palácio, dançaram de rostos coladinhos o bolero Besame Mucho. Foram exonerados. Foi muito comentado na época. Mais tarde ela casou-se com o humorista Chino Anísio, com ele tendo filhos. Quando ele morreu ela veio no velório.
Certa ocasião, minha filha estava com o carro enfrentando uma tempestade na capital. A avenida estava congestionada. Quando ela olhou o retrovisor muitos veículos estavam sendo arrastados. Mal deu tempo para ela sair do carro e pular para o canteiro central.
Enquanto aguardava a cobertura do seguro, emprestei-lhe um dos Gols. Certa tarde, foi visitar uma amiga. Vendo o carro com placa do interior dando sopa, o ladrão levou-o.
A Uemura Seguro me indenizou.