CAMPOS DE AZEVÉNS
Diário de minhas andanças
24/04/2013
Retornei aos campos de azevéns e deixei-me embranquecer em alma e coração.
A tarde de domingo,mergulhada em doce pureza,carregava em seu bojo saudades alheias,anseios de coisas que não se conhece,ternuras antigas.
Pela estradinha de mato,eu e meus passos devorando silêncios entrecortados de gorjeios.
Céus de outono derramando-se sobre araucárias esguias,vento maroto encrespando marcelas pela campina.
O cheiro relaxante da flor da quaresma incensado ares de abril.
Fumaça de chaminé delatando vidas ao redor de algum fogão.(Presume-se o “café das três”,atinaram-me os botões).Acanhada,a casa escondera-se na imensidão verde.
Revoadas em direção à linha do horizonte, e meus ouvidos acolhendo a melodia da tarde.
Vêm-me à lembrança as mais belas canções de Straus O pensamento sugere-me compassos valseados e sob meus pés,floradas falam de paraíso.
O latido solitário e distante de um cão junta-se à compor a tela da natureza.
Num instante experimento o sabor adocicado da paz de espírito,enquanto deixo-me abduzir na renda branca dos “campos de azevéns”.
Joel Gomes Teixeira
fotos do autor:
Campos de azevéns (*) - Engenheiro Gutierrez Irati (PR)
(*) Azevén - arbusto rasteiro que serve para alimentar o gado.Ainda durante a floração (em brancos tapetes a perder de vista) um trator "impiedoso" os transforma em adubação orgânica.
Diário de minhas andanças
24/04/2013
Retornei aos campos de azevéns e deixei-me embranquecer em alma e coração.
A tarde de domingo,mergulhada em doce pureza,carregava em seu bojo saudades alheias,anseios de coisas que não se conhece,ternuras antigas.
Pela estradinha de mato,eu e meus passos devorando silêncios entrecortados de gorjeios.
Céus de outono derramando-se sobre araucárias esguias,vento maroto encrespando marcelas pela campina.
O cheiro relaxante da flor da quaresma incensado ares de abril.
Fumaça de chaminé delatando vidas ao redor de algum fogão.(Presume-se o “café das três”,atinaram-me os botões).Acanhada,a casa escondera-se na imensidão verde.
Revoadas em direção à linha do horizonte, e meus ouvidos acolhendo a melodia da tarde.
Vêm-me à lembrança as mais belas canções de Straus O pensamento sugere-me compassos valseados e sob meus pés,floradas falam de paraíso.
O latido solitário e distante de um cão junta-se à compor a tela da natureza.
Num instante experimento o sabor adocicado da paz de espírito,enquanto deixo-me abduzir na renda branca dos “campos de azevéns”.
Joel Gomes Teixeira
fotos do autor:
Campos de azevéns (*) - Engenheiro Gutierrez Irati (PR)
(*) Azevén - arbusto rasteiro que serve para alimentar o gado.Ainda durante a floração (em brancos tapetes a perder de vista) um trator "impiedoso" os transforma em adubação orgânica.