"REFLEXÃO PARA O TEMPO DO ADVENTO"

Liturgia é todo movimento de Deus Trindade, comunidade de amor, para nós e de nós para Ele.   Ela é dinâmica, não pára nunca, está sempre acontecendo porque fazemos parte da natureza.
O movimento de Deus começa com a criação, revelação natural de Deus, e ela  se renova a partir de cada descoberta feita pela ciência.  E continua  com a História da Salvação, providências amorosas de Deus, revelação sobrenatural, que teve sua plenitude na encarnação do Verbo e na revelação por Cristo do Amor e Misericórdia do Pai e do seu amor serviço, testemunhado até as últimas conseqüências, e que o levaram a não ser aceito pela maior parte do povo escolhido, ser julgado e condenado a morte e morte de Cruz.         Bendita morte que fez reabrir a porta do céu com a ressurreição operada pelo Pai do novo Adão, primícia  para todos nós.
         
Para Deus não há tempo, por isso a Liturgia continua, ela é atualizada a cada geração.  Cada criança que nasce é chamada por Deus a fazer parte da mesma e única História da Salvação que se renova a cada ano.  Ela é acolhida por Deus de uma forma inimaginável porque tudo que existe foi criado para ela, tudo que existe foi recriado para ela pela atuação escatológica do Cristo que impregnou toda criação decaída de um novo sentido, de uma nova luz, de um novo caminho, tudo para glória do Pai.  E assim cada criança que nasce é inserida neste mistério de amor, nas maravilhas que Deus fez e faz para cada um de nós.
Esta renovação, esta nova oportunidade acontece através do ano litúrgico, ano da Igreja que é iluminada pelo Espírito Santo.  O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento, depois vem o Natal, em seguida Quaresma, Páscoa e por último o Tempo Comum.  Ao todo são trinta e quatro semanas ultimando com a festa de Cristo Rei, cujo trono é a cruz.  Profundo este mistério de aceitação, confiança, esperança, fé e amor do Cristo Jesus.
 
 No Tempo do Advento, a cada ano, somos convidados, novamente, a aceitar o Cristo que quer renascer no coração de cada um de nós.
Para que? Para que sejamos discípulos, missionários e construtores de um mundo mais justo e humano.  Um mundo de Paz verdadeira!
 
Durante o ano todo, a cada domingo, dia do Senhor, o mistério da Encarnação, vida, morte e ressurreição de Jesus é atualizado para nós de uma forma sacramental, mas real.  Jesus sacerdote se oferece em sacrifício a Deus Pai, por intermédio da pessoa do padre que o faz, “in persona Christi”.  Esta oferta é realizada juntamente com cada cristão, fiel participante da missa como sacerdote comum.  Este mistério acontece em obediência ao mandado de Jesus na última ceia quando Ele institui a Eucaristia, conforme o Evangelho de São Lucas no capítulo 22, versículo 19:
  “A seguir, Jesus tomou o pão, agradeceu a Deus, o partiu e distribuiu a eles, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vocês.  Façam isto em memória de mim.”
 E assim, a missa passou a ser a Oração Litúrgica mais completa do cristão.  Participando dela agradecemos ao Pai as maravilhas que Ele fez, faz e fará por todos nós, seus filhos mui queridos, do mundo inteiro, de todas as raças e credos.  Também, pedimos perdão de nossas faltas, fraquezas e egoísmos.  Nós vamos a Deus e Deus vem a nós através do amor de Jesus Cristo, e recebemos o Pão do Céu, alimento espiritual, para nosso crescimento  como filhos, que somos, criados à imagem e semelhança de Deus.
                                                   
Em, 27 de novembro de 2007,
Reflexão feita pelo término do Curso de Liturgia dado pelo Padre Paco, na Igreja da Ressurreição.
 
 
 
Terezinha Domingues
Enviado por Terezinha Domingues em 10/12/2018
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