...No Espelho da Alma!
Há uma música que versa um refrão instigador quando se ouve! Ele diz assim: “cada vez que eu sinto um beijo seu na minha face eu luto pra manter o meu disfarce e não deixar tão claro que te quero” e no passo seguinte impossível não indagar.
Como é sentir um amor não correspondido?
Quantos disfarces seriam necessários para não demonstrar este sentimento unilateral?
Quantas lágrimas de dor e desespero seriam derramadas no silêncio do quarto a traduzir a certeza de amar tanto e não ser amada?
Quantas súplicas seriam dirigidas aos céus na esperança de viver tal sentimento?
Como seria olhar para o espelho da alma em busca de um gesto que viesse impulsionar a buscar outro amor desta vez, acolhedor?
O quanto seria cruel vê-lo beijar tantas bocas – por vezes sem qualquer sentido – e sentindo todos os pesares presos na garganta, reprimir os desejos não vivenciados?
Quantos versos de uma poesia chorariam esse amor?
E, por fim, se questionar até quando haveria de alimentar tal sentimento?
Tais indagações, sentidas e externadas em forma de perguntas - e que, talvez, tenham a pretensão de descrever o que é sentir um amor não correspondido - não geram conclusões fáceis de serem encaradas. E por mais que doa é preciso percorrer nuances quase imperceptíveis dos caminhos que se fez e não dos que se pode fazer! E, assim, quem sabe, lançar luzes á iluminar a escuridão que mora neste sentimento não correspondido e por vezes tão voraz, feroz, inconcluso!
O amor morre? Não. O amor não morre! Ele permanece guardado em uma das tantas gavetas que a mente abriga.
E bastam um fugaz instante ou um pensamento delirante e a gaveta se abre e põe para fora todo aquele sentimento. E ao enxerga-lo novamente sentir-se-á medo. Medo da força daquele amor que julgava domado. Mas ninguém doma o amor. Na verdade abandona-se o amor lentamente por não suportar a certeza de não tê-lo!
Por um tempo este abandono deixará um vazio. E, por mais paradoxal que seja, é através dele que é possível distanciar deste sentimento.
E sem perceber, o tempo se encarrega de suavizar a sua intensidade trazendo, em sutileza, a força necessária para um adeus! Gesto que assinala a partida. Este adeus é silente. O ser amado jamais saberá como e quando ele aconteceu! Este adeus é solitário! Só você poderá dosar o sentido de tal gesto! E ainda assim não se chega ao fim desta jornada sentimental! Virá, de vez enquando, em nostalgia, o desejo de reviver tal sentimento. E este desejo chama-se saudade! E a saudade é ”solidão, melancolia e na distancia recordar, sofrer” por aquele amor que nunca lhe pertenceu. E quando ela apertar em seu peito, por fim compreenderá que o amor não morre posto que a saudade é o amor que fica!
Como é sentir um amor não correspondido?
Quantos disfarces seriam necessários para não demonstrar este sentimento unilateral?
Quantas lágrimas de dor e desespero seriam derramadas no silêncio do quarto a traduzir a certeza de amar tanto e não ser amada?
Quantas súplicas seriam dirigidas aos céus na esperança de viver tal sentimento?
Como seria olhar para o espelho da alma em busca de um gesto que viesse impulsionar a buscar outro amor desta vez, acolhedor?
O quanto seria cruel vê-lo beijar tantas bocas – por vezes sem qualquer sentido – e sentindo todos os pesares presos na garganta, reprimir os desejos não vivenciados?
Quantos versos de uma poesia chorariam esse amor?
E, por fim, se questionar até quando haveria de alimentar tal sentimento?
Tais indagações, sentidas e externadas em forma de perguntas - e que, talvez, tenham a pretensão de descrever o que é sentir um amor não correspondido - não geram conclusões fáceis de serem encaradas. E por mais que doa é preciso percorrer nuances quase imperceptíveis dos caminhos que se fez e não dos que se pode fazer! E, assim, quem sabe, lançar luzes á iluminar a escuridão que mora neste sentimento não correspondido e por vezes tão voraz, feroz, inconcluso!
O amor morre? Não. O amor não morre! Ele permanece guardado em uma das tantas gavetas que a mente abriga.
E bastam um fugaz instante ou um pensamento delirante e a gaveta se abre e põe para fora todo aquele sentimento. E ao enxerga-lo novamente sentir-se-á medo. Medo da força daquele amor que julgava domado. Mas ninguém doma o amor. Na verdade abandona-se o amor lentamente por não suportar a certeza de não tê-lo!
Por um tempo este abandono deixará um vazio. E, por mais paradoxal que seja, é através dele que é possível distanciar deste sentimento.
E sem perceber, o tempo se encarrega de suavizar a sua intensidade trazendo, em sutileza, a força necessária para um adeus! Gesto que assinala a partida. Este adeus é silente. O ser amado jamais saberá como e quando ele aconteceu! Este adeus é solitário! Só você poderá dosar o sentido de tal gesto! E ainda assim não se chega ao fim desta jornada sentimental! Virá, de vez enquando, em nostalgia, o desejo de reviver tal sentimento. E este desejo chama-se saudade! E a saudade é ”solidão, melancolia e na distancia recordar, sofrer” por aquele amor que nunca lhe pertenceu. E quando ela apertar em seu peito, por fim compreenderá que o amor não morre posto que a saudade é o amor que fica!
Liliane Prado
(Exercício Literário)
(Exercício Literário)
1 - Música "Meu disfarce" - Compositor: Carlos Colla.
2 - Saudade é ”solidão, melancolia e na distancia recordar, sofrer” - Música "SAUDADE" - Compositor: Mário Palmério.