LOUCURAS NO BB PROMISSÃO III

A gente vai recordando as mais marcantes acontecidas pela década dos oitenta. A características principal é que todos na agência possuíam um apelido. Exceto o gerente que ninguém tinha coragem de colocar-lhe alguma alcunha.

Um deles era CAVEIRA. Alto, atlético, corpaço, olhar penetrante. Barbicha. Se você o encontrasse à noite numa rua deserta levava um bom susto. Mas era bom companheiro, funcionário exemplar, versátil.

No prédio onde era o Ginásio Xavier, hoje faculdade municipal, na época funcionava uma clínica de recuperação psiquiátrica masculina. Certa noite, fomos, equipe do Banco, jogar futebol de salão com os internos.

Após a confraternização fomos saindo. Quando chegou a vez do Caveira o vigilante o impedi-o, dizendo: -Você, não... Só com ordem médica.. Foi uma gozação durante bom tempo.

Quando fui instalar a agência do BB em Japurá(PR), levei-o como adido. Ele ficou seis meses ganhando diárias que ultrapassava o seu salário mensal.

Todas as sextas-feiras, ele e alguns colegas, atravessavam a Ponte da Amizade e iam brincar nos caça-níqueis no Paraguai. Sempre voltavam com alguns quaranis a mais.

Faleceu ainda jovem em Campo Grande, poucos anos após.