Ancestralidade e tecnologias

Então tá, o mundo é redondo, as águas passam uma única vez pelo mesmo rio (?), a vida é feita de ciclos e cada ser humano é único, mas com a evolução da espécie humana e a socialização, esse ser humano trouxe e trás ao mundo redondo tecnologias cada vez mais avançadas buscando facilitar a vida. Até eu, nos meus sessenta e três aninhos já vividos sei da importância das tecnologias, mas...

Em se tratando de ser humano, um simples “fazer um café” mostra que a evolução não atinge cem por cento a genética ancestral.

Se não, vejamos: me criei tomando café passado no coador de pano e bule, tudo em cima do fogão a lenha e hoje amo minha cafeteira elétrica, pois enquanto o café está passando aproveito o tempo pra preparar meu pãozinho, aquecer as xícaras, com a água fervida na jarra elétrica, etc e tal.

Meus três filhos nasceram na década de oitenta, ou seja, já nasceram convivendo com muitas tecnologias, porém, quando os visito vejo jeitos diferentes de ser. Na casa da filha que nasceu primeiro (pra não dizer a mais velha), que se chama Elúsia, tomo café de cafeteira ou solúvel, pessoa prática! Já nas casas da filha do meio, Liziane, e do "menorzinho" Lucas, a ancestralidade bateu forte, é café passado no bule, com a diferença que a do meio usa coador de pano e o mais jovem opta pela facilidade do coador descartável. Ambos juram que o café tem outro sabor porque a água passa mais devagar sobre o pó, enfim toda uma explicação fisica-quimica-ebulinante, ..

E fico aqui pensando: ao mesmo tempo que tomam o café ancestral usam seus celulares de última geração e outras tecnologias de ponta. Vai entender esse tal ser humano!

Tânia França
Enviado por Tânia França em 08/12/2018
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