LOUCURAS NO BB PROMISSÃO
Tomei posse lá em 1962. Ausentei-me por alguns anos, devido a transferência. Retornei em 1980. Éramos pequena equipe, mas bem entrosada e divertida.
Damos posse a um novato, recém-aprovado em concurso. Morava em Bauru. Não querendo sair da casa dos pais, viajava todos os dias. Vinha de trem que saía de Bauru às sete e chegava em Promissão quase na hora de início do expediente bancário. E retornava à tardem de carona, com o carro que transportava os malotes dos bancos para o Centro de Processamento de Dados. Isso todos os dias.
Para o almoço trazia lanche de queijo, mortadela e presunto. Deixava na geladeira no refeitório. Mas sempre um gaiato roubava-lhe pequeno pedaço. Reclamava, mas ninguém assumia a culpa.
Certo dia, ouvimos alguém gritar lá da cozinha: água...água...O colega tinha enchido o sanduíche de pimenta malagueta.
O larápio era um tal de Magui. Bom colega, brincalhão. Saiu do banco para trabalhar por conta própria, mas faleceria pouco tempos após.
Agora, após 40 anos encontro o colega no Face. Mora ainda em Bauru. Trabalha no MPSP, em Pederneiras. Constituiu família. E está bem de vida e de saúde. Foi uma alegria receber notícias suas, Colega.