Saudações, Terráqueo!
Houve um tempo que meu maior desejo era o de encontrar-me com alienígenas de uma avançada civilização.
Hoje, mais maduro e consciente das minhas limitações, procuro fazer a viagem possível para a riqueza do meu Universo Interior.
Ademais, reconheço minha insignificância para seres de uma civilização para lá de milinéria. O que poderia um silvícola ensinar, por exemplo, aos navegadores da Europa quando por aqui aportaram? Talvez o apreço deles ainda fosse culturalmente menor que o nosso perante uma mega civilização.
Se uns mil e quinhentos anos separavam o Eurupeu do Silvícola, e assim mesmo há questões em que nossos antepassados tupiniquins até poderiam superá-los, o mesmo não se dá conosco em direção a esses seres que viajam além da velocidade da luz.
O que um cara-pálida do nosso mundo pode mostrar a um ET?
Que tecnologia os assombraria?
Em que nuances nossas cultura poderia impressioná-los?
O que um ser tão jovem quanto nós podería lhes mostrar?
Sinto vergonha desse encontro. Não saberia nem por onde começar a perguntar.
Hoje, se tal encontro ocorresse e aquela nave prateada e iluminada por uma fonte que não conhecemos aparecesse na minha frente e de lá saísse um ser reluzente falando:
- Saudações, Terráqueo!
Eu simplesmente o encararia, levantaria minha mão trêmula e não diria nada. Apenas seguirira meu rumo deixando-os lá, superiores ao infintio admirando a minha pouca significância...