Pedro, o pescador

Bom happy hour meus 23 fieis leitores e demais 36 que de quando em vez aparecem por aqui. Os últimos são como eu: tardam, mas não falham. Por isso venho hoje, na quarta-feira, escrever a crônica que deveria ter postado na sexta-feira passada.

Estava Pedro, o pescador, com seu caíque no rio, na busca diária pelo peixe que lhe era o sustento. Viu que um temporal se aproximava, achou que dava para chegar à margem antes de seu início, mas errou o cálculo. O vento forte empurrava a pequena embarcação artesanal feita por ele mesmo. Como não dava para remar ante a força da intempérie a revoltar as águas, ele apenas firmou os remos para que o caíque não virasse, mantendo-o de proa para a direção do vendaval.

Nessa situação, viu alguém no porto da cidade, escorado numa motocicleta, olhando-o. A pessoa estava com um avental branco e tinha o rosto parecido com o de uma reprodução de uma pintura de Jesus que possuía. Ele se arrepiou, embora estranhasse Jesus de motocicleta. De moto, ora bolas? Coisa estranha.

"Pedro, tu me ouves Pedro, pescador?"

- Sim, ouço perfeitamente! É você, Senhor?

"Sim, Pedro. Siga-me!"

- Senhor, a tempestade está muito forte."

"Tenha fé, Pedro."

A tempestade parou repentinamente.

"Pedro, pescador, siga-me.'

- Mas Senhor, eu estou no rio, de caíque, e o Senhor aí, de moto, assim vai ser difícil.

"Pedro, pescador, tu és um cara muito complicado mesmo."

E a tempestade retornou do nada, assim como se fora, mas agora mais forte ainda.

- Aí Jesus, socorro!

"Não temas, Pedro, pescador, nao afundaras. Estais de caíque, não de moto."

Moral da história: a vida é feita de oportunidades, mas você não pode ficar complicando as coisas.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

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(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".).

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 05/12/2018
Reeditado em 06/12/2018
Código do texto: T6519973
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