PALHAÇO
PALHAÇO
Quando criança me levavam ao circo que, de tempos em tempos, aparecia em minha cidade. Encantado com o que via meus olhos brilhavam. Mas o que mais me prendia atenção era aquele homem de cara pintada, uma bola vermelha no nariz, roupas esdrúxulas, sapatos enormes e as palhaçadas que fazia. Era uma festa que, se dependesse de mim, não tinha hora para acabar. Chamavam-no de “palhaço”.
O tempo foi passando e eu me pergunto: quem era ele? Um homem normal ou um anjo que veio resgatar a alegria em um tempo que não volta mais? O que quer que fosse deixou saudade.
Hoje os palhaços não têm aquela alegria contagiante que mexia com crianças e adultos. O território deles foi invadido por brincadeiras eletrônicas.
O mundo se modernizou e circos iguais aqueles não se veem mais. Aquela inocência com suas brincadeiras inocentes foi substituída pelas equipamentos nem imaginados na época. Como as coisas mudam. Agora só temos que nos conformar, pois o mundo é isso: um circo total.
Quem dera pudéssemos voltar no tempo e resgatar toda aquela magia que nos levava a um mundo mais humano e sem discriminação.
05/12/2018