O saldo
''Bom dia para você, povo brasileiro e batalhador que tem de acordar
antes do galo, preparar a famosa e célebre marmita, porque não terás
tempo para ir em casa socializar no almoço em família, mas terás
tempo suficiente para ser gasto esperando na fila do ônibus ou do
metrô e quando adentrar nesses ou em qualquer outro método de
transporte, será sufocado e comprimido pela avalanche humana
composta por uma sociedade escravizada e oprimida pelo governo.
No caminho para o trabalho, você testemunha e vivencia as mais
peculiares situações que não é pertinente mencioná-las porque
existe uma legislação de dependência pessoal própria e individual.
Você chega no local do seu ofício, da sua ocupação e prepara-se
para mais um dia de guerra. Depois de ter investido, possivelmente,
cerca de duas horas ou mais esperando o meio de locomoção chegar
e conduzi-lo ao seu trabalho, ainda será necessário tolerar muitas
condições desconfortantes e desagradáveis enquanto desempenha
a sua função. A cotidianidade expressa uma rica diversidade de
acontecimentos e fatos desgastantes e que solicitam uma sólida
estruturação psicológica e física.
A obrigatoriedade de discursar sobre a carga horária arrebatadora
e imponentemente longa é desnecessária, porém convencional.
Você, trabalhador honesto, digno, idôneo e cidadão de bem, assume
e sustenta o papel de reprimido e subordinado. Lógico que você
precisa desenvolver a sua energia e instaurar a sua produtividade,
entretanto, você deve apresentar disposição e funcionalidade.
No entanto, a grande maioria esmagadora da população brasileira
detém uma jornada laboral extenuante e impiedosa, em que o
operário alavanca a força contida na sua interioridade dentro de um
cronograma de, no mínimo, doze horas diárias, sendo que uma hora
está reservada para a renovação e restauração da sua potência,
uma vez que o funcionário explorado é configurado incessantemente.
Diante disso, o nosso queridíssimo amigo, após ter lutado, labutado e
atravessado esse deserto de impetuosidades e adversidades, retorna
para casa no fim da tarde e início da noite, onde finalmente poderá
jantar com a sua família e expressar sua plena afetividade humana.
Contudo, o tempo, sempre cruel, não aguarda e logo progride para
o fim do mês. O saldo é transparente. A realidade traz a revelação
da incontável papelada de impostos, que são insignificantes e
irrelevantes nesse país derrotado, arruinado e decadente. O amigo
não diz uma palavra, porém o aluguel atrasado e todos os outros
antecedentes acima descritos, conjuntamente com a metade da sua
remuneração que é encaminhada para a conta das autoridades,
isentam a exigência de o sujeito defender o seu pronunciamento.
Por conseguinte, a família, na tentativa de realizar o sonho de viajar
para a Europa, esquematiza o planejamento. É uma impossibilidade,
pois o brasileiro não tem dinheiro para gozar e apreciar a vida, só o
tem para pagar os boletos e viver no pauperismo. Acredita-se que
deveria ser ensinado nas escolas que o brasileiro investe muita
energia, inexitosamente para viver no pauperismo, traduzindo para
o português brasileiro, soaria semelhante como trabalhar muito para
ganhar muito pouco.''
''Bom dia para você, povo brasileiro e batalhador que tem de acordar
antes do galo, preparar a famosa e célebre marmita, porque não terás
tempo para ir em casa socializar no almoço em família, mas terás
tempo suficiente para ser gasto esperando na fila do ônibus ou do
metrô e quando adentrar nesses ou em qualquer outro método de
transporte, será sufocado e comprimido pela avalanche humana
composta por uma sociedade escravizada e oprimida pelo governo.
No caminho para o trabalho, você testemunha e vivencia as mais
peculiares situações que não é pertinente mencioná-las porque
existe uma legislação de dependência pessoal própria e individual.
Você chega no local do seu ofício, da sua ocupação e prepara-se
para mais um dia de guerra. Depois de ter investido, possivelmente,
cerca de duas horas ou mais esperando o meio de locomoção chegar
e conduzi-lo ao seu trabalho, ainda será necessário tolerar muitas
condições desconfortantes e desagradáveis enquanto desempenha
a sua função. A cotidianidade expressa uma rica diversidade de
acontecimentos e fatos desgastantes e que solicitam uma sólida
estruturação psicológica e física.
A obrigatoriedade de discursar sobre a carga horária arrebatadora
e imponentemente longa é desnecessária, porém convencional.
Você, trabalhador honesto, digno, idôneo e cidadão de bem, assume
e sustenta o papel de reprimido e subordinado. Lógico que você
precisa desenvolver a sua energia e instaurar a sua produtividade,
entretanto, você deve apresentar disposição e funcionalidade.
No entanto, a grande maioria esmagadora da população brasileira
detém uma jornada laboral extenuante e impiedosa, em que o
operário alavanca a força contida na sua interioridade dentro de um
cronograma de, no mínimo, doze horas diárias, sendo que uma hora
está reservada para a renovação e restauração da sua potência,
uma vez que o funcionário explorado é configurado incessantemente.
Diante disso, o nosso queridíssimo amigo, após ter lutado, labutado e
atravessado esse deserto de impetuosidades e adversidades, retorna
para casa no fim da tarde e início da noite, onde finalmente poderá
jantar com a sua família e expressar sua plena afetividade humana.
Contudo, o tempo, sempre cruel, não aguarda e logo progride para
o fim do mês. O saldo é transparente. A realidade traz a revelação
da incontável papelada de impostos, que são insignificantes e
irrelevantes nesse país derrotado, arruinado e decadente. O amigo
não diz uma palavra, porém o aluguel atrasado e todos os outros
antecedentes acima descritos, conjuntamente com a metade da sua
remuneração que é encaminhada para a conta das autoridades,
isentam a exigência de o sujeito defender o seu pronunciamento.
Por conseguinte, a família, na tentativa de realizar o sonho de viajar
para a Europa, esquematiza o planejamento. É uma impossibilidade,
pois o brasileiro não tem dinheiro para gozar e apreciar a vida, só o
tem para pagar os boletos e viver no pauperismo. Acredita-se que
deveria ser ensinado nas escolas que o brasileiro investe muita
energia, inexitosamente para viver no pauperismo, traduzindo para
o português brasileiro, soaria semelhante como trabalhar muito para
ganhar muito pouco.''