Das conversas do Facebook
E a mocinha apenas escreveu uma letra: "E". E nada mais. Foi o suficiente para arrancar suspiros de amores e comentários diversos. E. Simplesmente "E". Se fosse em Inglês seriam três letras. Mas não. Apenas a solidão de uma palavra que, desgarrada de outras, não fazia nenhum sentido. Mas o filósofo comentou: profundo. Isso nos faz refletir sobre o momento político brasileiro. O psicólogo escreveu: típico de quem está sem remo e sem rumo. O "E" sozinho não faz oração. O gramático foi além: é apenas uma conjunção desgarrada de suas orações, o que nos leva a refletir sobre o uso da Gramática nas escolas. O professor explicou: é apenas uma vogal aberta no Norte e Nordeste; No Sul tem o som nasal. O químico descobriu a pólvora: é o símbolo do elétron, que junto com o próton e o nêutron formam o átomo. A economista anti-PT meteu o bedelho: é a quinta classe na pirâmide social onde todos iremos parar. O economista a favor, disse: é a classe onde estão os que viviam sem classe. E depois de muitos comentários a respeito daquela letra perdida no espaço e no tempo a desafiar a imaginação dos amigos e agregados, a autora de feito tão fantástico que deu mais curtida do que foto de comida ou foto de baranga de fio dental deitada de bruços no capim da praça, dignou-se a revelar aos pobres mortais o motivo de tão genial criatividade:
- Desculpe, gente! Escapou esse "E" e eu não percebi.