Fake News
Fico com um pé atrás ao me deparar com autores de nomes esquisitos, aqui no Recanto e alhures. É uma forma de esconder a identidade, sabe-se lá os motivos. Em tempos de redes sociais, os perfis falsos cresceram como capim tiririca. Minha desconfiança aumenta, ao notar que não há contato. Leio e até interajo com alguns e algumas. Mas só depois de saber, minimamente, quem são. Nem todo perfil falso espalha fake news. Uns são até mais honestos que alguns verdadeiros. Mas é sempre bom checar, pois contra um personagem que não se pode comunicar, não faz sentido.
Há alguma diferença entre perfil falso e pseudônimo? Alguns escritores e escritoras, como Agatha Chistie, Clives Stapes Lewis, Stephen King, J.K Rowling esconderam seus nomes. Fernando Pessoa então, teve vários, mas sob seus heterônimos, vinha o seu nome. O perfil falso em si, não é um problema. Vai depender dos conteúdos. Se falsos ou verdadeiros. Aí entram os fake news. Quando tudo isso começou? Carece de uma pesquisa. Certamente vem de longa data. Mas algumas notícias falsas foram produzidas, para destruir reputações e criar guerras. Para "justificar" a invasão ao Iraque, espalhou-se a notícia falsa das armas de destruição em massa.
Com as redes sociais, a rede de mentiras ampliou. Em nome da liberdade de expressão, todos dias milhões de internautas opinam sobre o que sabem e não sabem. Algumas notícias falsas, acompanhadas de vídeos e montagens, fora dos contextos, dão aparência de verdade, enganando incautos, que compartilham em massa. Inocentes úteis caem nestas armadilhas, em sua maioria, construídas para defender interesses, sabe-se lá de quem. A eleição de Trump, por exemplo, foi irrigada por notícias falsas. Umas das mentiras, lá, para desconstruir a candidata Hilary Clinton era de que ela era dotada de pênis. Muitos acreditaram. Mesmo aqui, temos um presidente eleito basicamente pelas redes sociais, com o apoio de Steve Bannon, talentoso estrategista de notícias falsas, assessor de Trump. Temos o famoso power-point elaborado por procuradores (sim a Justiça também produz fake news) em que colocou o ex-presidente Lula como chefe de uma organização criminosa. Sem prova cabal, nas palavras de um procurador.
As notícias falsas não são exclusivas das redes sociais. A mídia empresarial faz isso também. Depois de meio século, o Globo, em editorial, reconheceu ter sido um erro o apoio ao golpe militar. Pois é, quais eram os argumentos de defesa da ditadura? Outros pedidos de desculpas virão num futuro, talvez não tão distante, pois, com as redes sociais, o tempo anda mais rápido.
Porém, nem só de notícias falsas vive as redes sociais. Há o seu contraponto: a verdade. O que sei é que vivemos esta dicotomia: o que é mentira? O que é verdade? Façam as suas escolhas, mas lembrem-se das consequências.
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