ADEUS ANO VELHO.
Um pouco cedo, talvez, para despedidas. Ou, um pouco tarde, quem sabe, para começos ou recomeços. Há um ano, (mais um ano) passado feito flecha atirada, me despedia dos dias vividos como todos os outros de tantos outros anos. As vinte e quatro horas que, de forma repetitiva, completavam meus dias, seguiam o perfeito e cronológico tic tac dos analógicos.
E, novamente, o figurino branco vestiu-me do significado da mistura das cores. No branco, no amarelo, no verde, no vermelho...E nesse “MIX” colorido, escondiam-se meus desejos. Alguns, tão simples e puros...já outros, carregados de grande complexidade. Desejados e esperados com profunda emoção. Ouvidas minhas preces, presenteou-me o Universo com fidedigno retorno. E, 2018, feito um tsunami, chegou com força. Mexeu e remexeu com minhas cores, minhas dores, minhas horas, minha vida.
Nesse turbilhão de acontecimentos que, impetuosamente, apossou-se dos meus dias mornos e previsíveis, ainda não consegui avaliar e concluir se as sobras foram positivas ou negativas. Navego, agora, em águas um pouco mais calmas, contudo, não menos perigosas. O abandono da “zona de conforto” exige coragem, principalmente, se necessitarmos nadar contra a maré. Sigo; agora, sem muito desejar, no entanto, acreditando sempre que viver, sonhar, amar e escrever é preciso. Que venha 2019 e, que coloque em ordem toda a bagunça de 2018.
Elenice Bastos.