DESRESPEITO AO CLIENTE PERPETUA? – JOSIAS MOREIRA

Depois de ter passado por várias situações embaraçosas na vida, muito embora, sempre superadas por um bom diálogo, busco na memória, saudosamente um valor chamado “cortesia” infelizmente, quase inexistente nos dias de hoje, já que fico petrificado com a forma de tratamento que dão aos seres “pensantes” nos locais públicos, por onde somos obrigados a transitar nossas bases de evolução social, física e psicológicas.

O que fazer quando tentamos dialogar com a nossa empresa de comunicação celular, se não há do outro lado um mínimo interesse de que você entenda o porquê lhe são tão “mau-educados”?

Até escuto a gravação, tecle dois para isso, três para aquilo, quatro para a função seguinte e quando chega na décima, já não temos ideia qual função devemos digitar e, quando ousamos a que mais nos apetece, escutamos: para sua segurança a conversa vai ser gravada, dando-nos uma advertência de que não podemos nos exaltar, do contrário, tudo o que falarmos se reverterá contra nós mesmos e desta forma ficamos timidamente aguardando um cérebro destituído de cortesia, a nos dizer: só mais um momento senhor, estamos quase abrindo protocolo sobre o seu questionamento, mas adiantamos que é melhor o senhor ligar outra vez e pedir a função correta para resolver o seu problema, haja vista não termos condições de resolve-lo por aqui. Uma hora perdida e nada!

Passados mais uns dias... Vamos nós outra vez ligar para tentar resolver o assunto que ficou pendente porque não tivemos competência de ligar para a gravação correta e novamente amargamos outros 60 minutos conversando com um cérebro de azeitona que nos enrolou, e novo protocolo.

Como somos bonzinhos e vivemos em um país que repudia a impunidade, vamos a terceira tentativa, qual nos leva a reflexão: e se fosse o caso de, se errarmos em três tentativas, ganhássemos o perdão, igual na loteria, se você erra todos os números, você também acerta. Muito bem!

Esta prática não funciona com as empresas de celular, não sei se porque ainda não tiveram a oportunidade de tomar algumas medidas para botar na cadeia os milhões de reclamantes, que injustamente lhe buscam para um diálogo, mas não são cortezes e nem humildes para fazerem de forma correta.

Depois de dez tentativas e sem nenhuma solução, você tem uma brilhante idéia: vou mudar de operadora! E até arrisca um sorriso de escárnio contra a empresa que lhe suportou por tanto tempo, já que você nunca teve competência de dialogar com eles, e hoje você sai triunfante porque manterá o mesmo número e, em outra operadora. Eles vão perder um cliente de 9 anos, mas penso que para eles não fará nenhuma diferença. Grande engano! Pode

ser que não faça diferença hoje, mas em breve amargarão o tratamento da desfaçatez.

Podemos citar várias empresas no Brasil e no mundo que reinaram até por algumas gerações pisando em seus semelhantes, e em alguma época, de alguma forma, tiveram que pagar caro e amargaram a bancarrota. Descrevo a seguir, poeticamente, as sensações de um cliente enganado:

Desrespeitar o cliente e até fazê-lo de bobo

É uma tortura indecente, que até se espalha no globo.

Quem o faz paga bem caro, às vezes com a falência,

Já que nem sempre há reparo, na gestão da incompetência!

O cliente bem tratado pode sentir-se acionista

E mostrar-se motivado, com ação de evangelista,

Divulgar com muito zelo seu crédulo no produto,

Na marca, e fazer apelo, muito além de seu reduto!

A vitória e o fracasso caminham bem lado-a-lado,

Ocupam o mesmo espaço e isso é fato consumado!

Basta-nos olhar e ver a linha do impedimento.

Falta relacionamento... cartão de visita enfim

Desse estabelecimento, que trabalha errado assim,

Para a postura do ser, construir discernimento.

Estudos mostram que independente do tamanho da empresa, a melhor forma dela manter-se em atividades crescente, é pesquisando o grau de satisfação que ela tem com os seus clientes. Isso se chama Marketing de relacionamento, troca de saberes. Uma ciência que vale a pena descobrir.

"Marketing é uma guerra mental. São as idéias que estão na cabeça das pessoas que determinam se um produto terá sucesso ou não." (Al Ries)

O cliente é um patrimônio

qual pai que educa o seu filho

e preserva o matrimônio

para não perder seu brilho!