EM TEMPO DE FOLIA ( BVIW )
                          
   Foram três anos em que Momo foi   companheiro  nas minhas folias de 1964,  65  e 66,   no tempo em que os carnavais de salão eram concorridos e disputadíssimos, desde  o primeiro grito, na noite do 31 de dezembro,   até a terça feira gorda.
    Pulei muito carnaval nesses anos e  imperdíveis para mim eram as ultimas três noites, de  domingo, segunda e terça feira. Era como se  não houvesse mais nada para apreciar.
    Os bailes do Automóvel Clube,  da AABB, do  Círculo Militar, do Parque da Aeronáutica, do Pará Clube eram todos animadíssimos com gente bonita de todos os matizes. Eu  brincava só, não gostava de acompanhantes para não estragar meus voleios, também só tomava água ou guaraná.
     Difícil alguém ficar parado ao som de Bandeira  Branca, Alalaô, Olha a Cabeleira do Zezé, Praça Onze, Noite dos Mascarados, Frevo Vassourinha, Máscara Negra, Cidade Maravilhosa, Aquarela do Brasil  e tantas outras   que  esquecidas hoje, dão  lugar a  pagodes, axés e outras   que para mim, não dão a menor vontade de dançar carnaval. Quem  em viveu essa época, sabe do que estou falando.