Em uma tarde de sábado, chegando ao Rio de Janeiro para realizar um curso, me vi na necessidade de me hospedar na casa de minha avó, Maria da Conceição. Uma residência em sobrado, construída tijolo por tijolo por meu avô e seus filhos. No térreo um fusca velho que dividia espaço com materiais para churrasco, que meu Tio, Antonio Luiz, ao chegar do trabalho – Cozinheiro em hospital -, montava a churrasqueira e vendia pequenas porções intituladas Jantinha, com o espeto com carne, recebendo um dinheiro que completava a renda necessária para manter o estilo de vida de minha avó e a dele. Ficara ele, por destino da vida, o filho a cuidar da mãe querida.
Devidamente acomodado, bem tratado, aos braços de minha querida velhinha, comecei nas tarefas de estudante em viagem.
Numa noite, com meu Tio em plantão no hospital, estava eu na sala acompanhado de uma bela menina. A noite ia passando e a intimidade avançando. Em determinado momento passos me chamaram a atenção, estes que gradativamente iam aumentando em altura, até poder ver a figura, cansada pela vida, olhando para o casal, ambos conhecidos por ela, tal como fossem cria dela e na autoridade de uma matriarca falou poucas palavras, de muito entendimento:
- Boa noite Pretinho! – Minha avó me chamava em apelido.
Apenas isto e a boa vovozinha se virou e foi para seu quarto. Levantamos e nos despedimos, continuei a ver TV no quarto. Enquanto a boa velhinha em seu quarto sabia, que basta apenas poucas palavras para o entendimento dos bem-educados, saberem que existe um lugar adequado para cada situação.
No frescor do vento, debaixo de uma arvore, observando as nuvens formarem imagens, sempre surge a figura dela. Mesmo com pouca educação formal, tinha muito interesse no desenvolvimento dos seus pequenos, que mesmo depois do tempo, meninos crescidos, ainda eram rebentos. Crianças de olhos esbugalhados, bico aberto, querendo alimento, conhecimento para a vida.
Devidamente acomodado, bem tratado, aos braços de minha querida velhinha, comecei nas tarefas de estudante em viagem.
Numa noite, com meu Tio em plantão no hospital, estava eu na sala acompanhado de uma bela menina. A noite ia passando e a intimidade avançando. Em determinado momento passos me chamaram a atenção, estes que gradativamente iam aumentando em altura, até poder ver a figura, cansada pela vida, olhando para o casal, ambos conhecidos por ela, tal como fossem cria dela e na autoridade de uma matriarca falou poucas palavras, de muito entendimento:
- Boa noite Pretinho! – Minha avó me chamava em apelido.
Apenas isto e a boa vovozinha se virou e foi para seu quarto. Levantamos e nos despedimos, continuei a ver TV no quarto. Enquanto a boa velhinha em seu quarto sabia, que basta apenas poucas palavras para o entendimento dos bem-educados, saberem que existe um lugar adequado para cada situação.
No frescor do vento, debaixo de uma arvore, observando as nuvens formarem imagens, sempre surge a figura dela. Mesmo com pouca educação formal, tinha muito interesse no desenvolvimento dos seus pequenos, que mesmo depois do tempo, meninos crescidos, ainda eram rebentos. Crianças de olhos esbugalhados, bico aberto, querendo alimento, conhecimento para a vida.