orgasmo em minha boca
(...) Da ponta de minha língua ressaia um pequeno filete transparente de secreção vaginal misturada à minha saliva, após retirar minha boca de seu ruivo bosquezinho encantado, senti como se “aquilo” fosse o zênite da intimidade, como se àquele olhar cúmplice não pudesse supor existir um estado de maior bem estar. O vento úmido, mas quente, que soprava pelo espaço aberto da janela, tornava a noite inesquecível, até as cortinas dançavam...se pudesse levaria comigo, como um alimento sublingual, aquela amostra do orgasmo da srta. K! Mesmo que pressinta que o zênite sempre retorna ao nadir, e que o prazer deva ser fugaz, justamente, para que não se transforme em pesadelo amargo. Eis o segredo, a vida é um orgasmo que vez ou outra é prolongado, um breve sorriso de cansaço depois do sexo, um sabor de mulher na ponta da língua...depois, dormir.