POR QUE "GURU DA SOCIEDADE VIRA-LATA"?

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Para o texto: O GURU DA SOCIEDADE VIRA-LATA (T6503842)
De: Decio Goodnews
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Sob os olhos azuis da ku-klux-klan, não é só o nosso país que é considerado ninho de "vira-latas", mas toda a América Latina, junto com a África e demais regiões situadas abaixo da Linha do Equador.
Por uma consequência geográfica, todos os que nascem da Linha do Equador ao polo Antártico, são portadores de alguma porção da "repudiável" melanina.  Quanto mais acima dessa linha, mais claros serão a pele e os olhos dos humanos que ali nasceram.
Essa a razão de a esdrúxula seita não nos aceitar em seus quadros, caso bestamente optássemos.
Ainda bem que ela não admite misturar-se com "vira-latas", por mais brancos que pareçam ser.
Considera-nos uma "raça-inferior", que sugere e implica esse humilhante significado cultural "viralatista".
Ah, sim, independentemente dessa seletividade ku-klux-klaniana, para a grande parte dos norte-americanos a condição de sub-raça pode decorrer desse colorido caldeamento de raças.  Não deixa de ser mais um motivo para a tão visível e arraigada discriminação.
Graças à nossa sempiterna subserviência, ou tolerância, por conta de nossa índole meio-indígena, meio-escravista, ainda somos dos que levam tais asneiras na esportiva.  Negros levavam chicotadas e pediam a bênção aos patrões.  Continuamos assim. Não é em vão que preferimos  lavar banheiros no hemistério Norte (ganhar em dólares) a ter que encarar quatro a cinco anos numa universidade  do hemistério Sul (sem perspectiva de ganho imediato). 
Só não admitimos atribuir à tão salutar diversidade
étnica, a causa de nossas seculares injustiças sociais.
Escondem que somos, desde os tempos ditatoriais, seus colonos culturais modernos e engravatados:  pastores, políticos, magistrados, procuradores, juízes... têm trânsito livre a caminho dos EUA para receber treinamento, instruções e atualizações, de quê?!... 
Por acaso, têm ido fazer turismo, simplesmente?!... 
Com certeza, não!  Mas, certeza de quê?!...  Eis a incógnita.  Diretrizes ditatoriais ou colonizadoras são traçadas entre quatro paredes.  Se modernas, on-line, 
essas paredes se transformam em muros, invisíveis para as nações colonizadas.   
Aqui, a começar pelos pastores, fazem a cabeça desses novos colonos culturais a partir da desqualificação de nossa própria heterogeneidade étnica.
Considero esse treinamento externo pilar de uma ditadura moderna ou - tanto faz - um novo tipo de colonização direcionada pelo fundamentalismo.
Preparam nossas mentes para acatar de bom grado, sem qualquer reação, a subtração de nossas riquezas.  Chamemos de fanatismo a esse método de convencimento, facilitado pelo uso de uma possante arma: as redes sociais.
As antiquadas ditaduras impunham essas condições pelo uso das forças armadas.  Ditaduras militares das décadas de sessenta e setenta, ocorridas na América Latina, tiveram um mesmo mandante e um objetivo comum:   continuidade da "operação caça às bruxas" (ou Macarthismo).  Mudou a estratégia dominadora, mas o mandante e os servos são os mesmos.
E o que não mais nos assusta nesse teu desnacionalizado texto, meu caro Décio Goddnews?...
Voltando à relevante circunstância da diversidade étnica - que torna o nosso país culturalmente cosmopolita, e não sub-repticiamente colonizado -, bem que a desejaríamos melhor assimilada, tal como a beleza desse encontro de hemácias que super-eleva a nossa estima, nosso orgulho e nossa soberania.
Assusta-nos, e muito, lendo-o mais adiante, que a inclusão do sangue judeu tenha sido fator de deformidade de nossos caracteres...  Certamente te referes aos caracteres biopsíquicos.  Como existe um "talvez" na tua colocação, prefiro não comentar esse trecho duvidoso.
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Lamentável observar que estamos recém-saindo de uma campanha eleitoral recheada de racismo, ódio,  promessa de entreguismo do nosso patrimônio, até mesmo a  eliminação (ou expulsão), dos que não seguirem arcaicos padrões nazi-fascistas a serem de imediato implementados.  Teve o propósito de uma mudança comportamental e estrutural, que consideramos mais tendente ao arcaico do que ao moderno.
Para confirmar nossa impressão, veja o que já ocorre:
- inexplicável suspensão de programas assistenciais;
- promessas de fechamento e/ou  mudança de embaixadas e desqualificação do mercado comum de países latinos;
- divulgação dos preços vis das estatais a serem repassadas para o mercado financeiro internacional . . .
A exaltação nesse sentido foi tal que estimulou os "vira-latas" mais ao Sul (portadores de menos melanina e obedientes à prepotência do seu mito) a ordenarem àqueles de regiões mais sofridas "comer capim".
Incrivelmente, uns obedeceram; outros ainda insistem em fazê-lo.
Só os aparentemente mais conscientizados se abstiveram.
Que tipo de "vira-latas", senão esses que ainda comem capim, concordaria em ceder (ou doar) o patrimônio nacional ao mercado financeiro internacional - e a preço de bananas?!...
Que tipo de "vira-latas", senão esses mesmos, faria nosso país voltar ao século XVI, na condição ingênua de mero fornecedor de madeira, grãos e minérios?!...  Tudo, coisas que somente geram empregos quando e onde forem processadas.
Aí, os nossos colonizadores, super-beneficiados, continuarão a nos enganar com espelhinhos, no exato momento da escolha dos "nossos" representantes que mais lhes convenham.
Será mesmo esse o caminho da mudança anunciada (pra não dizer separatismo) que mais se cogitou na última campanha?!... 
E essa seletividade racial (comedores de capim), nascida em passeata de campanha nas regiões mais nobres, vai mesmo mudar a fisionomia dos demais canis regionais de "vira-latas" brasileiros?!...
Eh!... Nos próximos quatro anos, teremos que importar espelhinhos...

                                             
Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 18/11/2018
Reeditado em 24/11/2018
Código do texto: T6505721
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