Estou de luto.

Nas ultimas doze horas da vida da minha irmã de quem cuidei por 13 meses, o que eu senti foi profunda paz.

O vazio na minha cabeça sinalizando que terminava a minha missão de ajuda-la. Dois anos antes ela me chamou e entregou tudo em minhas mãos ao dizer: Quero te pedir que cuide de mim e das minhas coisas: _ Faça assim, e me deu documentos feitos em cartório. Eu confio que você vai fazer tudo direitinho.

Ela sabia que eu faria isso porque desde que ela perdeu suas filhas e maridos eu cuidava espontaneamente de detalhes que ela achava que “nem eram importantes”, como procurar ajuda médica, por exemplo.

O último ato de sua vida foi uma oração. E foi tão natural, porque em oração ela viveu.

Encerrado está um ciclo que começou quando eu nasci e ela passou a cuidar de mim como filha.

As pessoas foram saindo da vida dela por morte ou distanciamento até que, pensavam que, ela só tinha uma irmã, um cunhado e um sobrinho.

Juntas a gente decidia tudo.

Eu brincava dizendo-lhe: Você é muito chique, tem secretária e uma equipe de cuidadores.

Sem meu marido e filho teria sido impossível atende-la. Mas graças a Deus somos uma família.

Ela foi morar no céu dia 15 de novembro de 2018, às 09 h. e 50 min.

Estou de luto, preciso de uns dias pra me recuperar e então resolver toda a parte burocrática, mas isso é tranquilo.

Ela já está sã e salva nos braços do Pai em Quem toda a sua vida confiou.

Louvado seja o nome do Senhor que nos sustenta.

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 18/11/2018
Reeditado em 18/11/2018
Código do texto: T6505693
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