FAZER JUSTIÇA. SEVERIDADE.

São poucos os julgadores proporcionalmente, em termos demográficos, julgadores dos semelhantes por convocação natural e social, preferentemente, pessoas escolhidas através de rigorosa seleção (quando não são nomeações políticas longe dos concursos). É enorme a missão, e quando exercida com honra, traz o céu para a terra na forma de distribuir justiça, enriquecendo gigantescamente o interior de quem pode participar dessa honra e indescritível privilégio humano; fazer justiça.

Não são em vão reverências e reconhecimentos prestados à magistratura. O magistrado é a lei viva, incorpora a vontade ética social.

Fugindo o magistrado de seus deveres, estamos diante da maior das chagas sociais. Representa o depositário de todos nossos direitos e reserva de nossas garantias. Como diz São Paulo em suas “Cartas”, os magistrados enquanto oficiarem nesse alto múnus para o qual foram chamados, com proficiência, ou seja, retidão e eficiência, estão abaixo de Deus e acima dos homens.

Deuteronômio, um dos cinco livros do Pentateuco, de Moisés, diz, no 16, na “Instituição de Juízes”: “Estabelecerás juízes e magistrados a todas as portas que o Senhor, teu Deus, te tiver dado em cada uma das tuas tribos, para que julguem o povo com justo juízo, sem se inclinarem para uma das partes”.

É como vem atuando na porção maior o judiciário, nessa endêmica crise moral por que passou a gestão pública brasileira, onde uma parte já foi conhecida e apenada e muito ainda se conhecerá.

Os Juízes no julgamento oficial representativo, pois representam a sociedade, devem ser duros com os desvios de conduta em cargo público. E o são, e assim temos visto, e devem ser, e merecem aplausos como têm recebido do povo em todas as suas camadas.

Os corruptos são criaturas hediondas, de baixíssimo caráter, originários do que existe de pior na natureza humana em ancestralidade, são algozes da coletividade na ganância de acumular.

É bom lembrar Nietzsche indagando sobre “Que é felicidade?”, respondendo com conceito que se adapta integralmente a essas personalidades, como sendo “o sentimento daquilo que aumenta o poder, de haver superado uma resistência; não um contentamento, mas um maior poderio; não a paz em geral, mas a guerra; não a virtude, mas a habilidade.”

Quem tira o coletivo do semelhante e retém para si,principalmente do necessitado, o básico, ou o juiz que não distribui justiça e para isso foi convocado, “dar a cada um o que lhe é devido”, deve ter a pena legal exacerbada ao máximo como exemplo a não ser seguido.

Dos juízes se espera a severidade para quem usurpou dos mais necessitados.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 17/11/2018
Reeditado em 17/11/2018
Código do texto: T6504765
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