E OLHE LÁ !
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Sábado, 17 de Novembro de 2018
O progresso que o mundo alcançou, com um alto desenvolvimento tecnológico, deixa aqueles com idade acima dos cinquenta anos com certas ou muitas preocupações com o que ainda virá daqui para a frente, porque nessas últimas cinco, seis ou dez décadas para trás, tudo mudou radicalmente, então.
Nesses períodos citados, quem os viveu, ouvia dizer duas coisas: que o mundo ia acabar no ano 2000. E este ano chegou e nada aconteceu de trágico, as profecias erraram fragorosamente. Anda bem, não é?
Mas a segunda coisa que os antigos também diziam era que o robô, a máquina, ia dominar o mundo e a Humanidade, os humanos, transformando-os em seres quase que prisioneiros daquele.
Infelizmente essa segunda profecia tornou-se realidade, o robô/as máquinas dominaram os humanos, sim. Hoje somos todos dependentes deles. E basicamente sem nenhuma outra alternativa. Talvez reste uma: se um desses planetas do sistema solar ou um cometa colidir com a Terra, acabando com quase tudo o que há aí de tecnologia, talvez a humanidade pudesse ressurgir das cinzas, como a Fênix.
Claro é que tal assertiva é um exercício de ilação, porque provavelmente nada disso acontecerá conosco e nem com o nosso planeta. Mas a dependência humana à tecnologia se expandirá, de forma a nos colocar mercê dela, exageradamente ao extremo.
E nesses dias atuais já estamos vendo e observando a performance tecnológica em domínio de tudo e de todos, a ponto de estar mudando as características humanas, suas propriedades. O ponto crucial está na família, que já possui outros comportamentos, bem diferentes de outrora. E até mesmo sua constituição é tremendamente diferente de antes.
Então, os pais já não possuem pleno domínio sobre os filhos, e estes não respeitam mais aqueles, da forma como dantes. Parecem absolutos, mesmo vivendo à custa deles, e exigindo coisas absurdas e inaceitáveis. E tais pais modernos acatam suas exigências de forma também absoluta e acatando todas elas, sem restrições.
Já não há respeito, bem como a ausência do amor para com os pais, incluindo-se, aí, os avôs. Estes, então, estão sendo colocados em asilos e largados praticamente ao léu.
Os mais novos vivem sob o domínio da alta tecnologia disponível. E dependem dela ao extremo, não se valendo de seus próprios recursos. E quando a coisa sai do ar, como dizem, não sabem resolver nada de forma simples.
A juventude atual já encontrou tudo pronto. Possuem casa, comida, roupa lavada, tênis de marca, computador e que tais, diferentemente de décadas atrás. Enfim, os dias atuais são muito menos penosos do que antes. Mas ninguém quer saber disso e nem de nada. O passado,. como o próprio nome diz, já passou, para eles não existiu, sequer. E esta é uma situação até óbvia.
Assim, só resta aos mais velhos submeterem-se às atuais circunstâncias. Esperando chegar o dia final de suas vidas. E olhe lá!