As coisas grandes e as coisas pequenas

Eu sei falar sobre as coisas grandes. Eu sei falar sobre as coisas que decidem se vale a pena ou não numa lapada só. Mas se você quer saber de verdade o que eu penso, eu penso que as coisas grandes são iguais as coisas pequenas. Talvez eu fale isso porque eu não saiba a grande verdade por trás das coisas pequenas (e não que eu saiba sobre as grandes); mas… e se as coisas pequenas forem idênticas às coisas grandes, só que menores? o que eu estaria perdendo? o que eu estaria deixando de ganhar?

A gente finge que a gente vive um mundo normal, só que a gente não vive. Existem milhões de possibilidades nas nossas cabeças e nos sonhos, e nas nossas memórias, e nos nossos desejos. Não é porque não experienciamos outras realidades conscientemente que não vivemos sonhando com o que seríamos, com o que já fomos ou com o que queremos ser. nós vivemos essas coisas todos os dias. Vivemos nas nossas mentes (e perceba o paradoxo cego e cruel que é como a coisa mais presente na nossa vida é também a mais subestimada), latejando em forma de pensamentos. Ou da falta deles.

Optamos por deixar passar em branco como se nunca e jamais tivesse existido ou acontecido. Acho que é uma forma da gente se concentrar em cada decisão que a gente escolheu, sabe? Pra conseguir existir agora e viver o agora sem tentar pirar com o que já aconteceu ou com sei lá, o que nunca aconteceu. Absorvemos uma porrada de coisa só pra não ter que encarar essa muralha de caruncho deslanchar.

Foi daí que tirei minha ideia de equilíbrio. Acho que constância é viver a maior parte de dimensões que podemos viver (em nossos sonhos, em nossas mentes, em nossos desejos e anseios) de forma que eles combinem entre si, sabe? ser o que a gente quer ser do fundo do nosso coração, escolher com amor. Parar de querer uma coisa e fazer outra, parar de querer disfarçar nossos vícios e carências porque eles sim são os nossos inimigos. Eles sim nos levam pro fundo do poço. Felicidade é a harmonia entre o passado, o presente e o futuro.

Agora… como é que faz essa porra?