Flor
Em dado momento, ela me pergunta:
Então você me compara a uma flor?
Silêncio...
Logo me pus a pensar. E respondi:
Tendo a flor como objeto tão breve, dependendo de sua fragilidade, não.
Podendo a ter como a decoração de ambientes, beleza, delicadeza e afins, sim.
Uma reflexão complexa, que a poucos anos atrás, eu somente responderia:
Sim, sem sequer me ater a complexidade de tal comparação.
Flor, que tenha beleza, suavidade, perfume.
Porém, breve...
Fato que, não quero que seja de tal forma, com tal beleza que agora observo e tenho a felicidade de ouvir.
Flores...
Arrancadas da terra, algo que parece ser tão, brutal.
Por que não, observar, sentir, admirar, sem tantas modificações?
Livre... é como quero que sejas.
Flores. Independente de onde, quando e como estejam, continuam a conservar sua beleza.
Cabe a sensibilidade. Quem me dera, que fosse eterna...
Façamos.
E aí: O que você é?
Uma noite de lua e suas fases, o reflexo do azul do mar, pura tempestade, um vulcão em erupção,
uma constelação inteira de estrelas a brilhar, uma vez que sua beleza não se compara ao brilho de uma única, porém muitas...
O entardecer tranquilo de verão, ou o complemento de um belo jardim.
Nada será tão válido, uma vez que você não busque o valor de cada item.
Incomparável...
Permita-se!