Que país é este?
“Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza...”. Jorge Ben estava inspirado e foi muito feliz quando compôs essa canção, mas infelizmente não posso dizer hoje que moro em um país abençoado e que estou orgulhoso do Brasil, ou melhor, do sistema político brasileiro.
Num ato covarde e criminoso contra o povo brasileiro, os nossos respeitáveis(?) e excelentíssimos senhores senadores da republica absolveram o presidente da casa. Em uma irresponsável prova de corporativismo sem escrúpulos e falta de respeito ao povo desse país.
Com quarenta votos pró Renan Calheiros, trinta cinco contra e seis absurdas abstenções, essa corja absolveu o individuo em questão. Não vou mentir aqui e dizer que fiquei feliz com isso, pois não fiquei. Entretanto o que achei mais grave nisso tudo não foi a absolvição em si, normal numa democracia. Mas o absurdo dos nossos representantes decidirem fazer isso às escuras, longe dos olhos da população. Proibindo o uso do sistema interno de som do plenário e a gravação e transmissão da sessão pela TV Senado. Isso soa como democrático para vocês? Ou digno de uma casa que vive vomitando que é o pilar da democracia brasileira?
Essa vergonhosa situação me lembrou de uma letra de um dos nossos maiores compositores que escreveu assim: “Não me convidaram para esta festa pobre que os homens armaram pra me convencer a pagar sem ver toda essa droga que já vem marcada antes de eu nascer...”. Foi dessa maneira que me senti. Como alguém que não é convidado para uma festa armada para nos convencer que o cidadão que estava sendo julgado era inocente e é ele quem vai depois pagar por toda essa farra. Querem inocentar alguém? Que inocentem, pois eles têm esse direito. Afinal de contas vivemos em um país que após muitos anos conquistou o direito à democracia, mas que tenham a hombridade de assumir seus atos perante a sociedade brasileira que é quem sustenta esses cidadãos.
Agora vai começar o carnaval de acusações dizendo que foi o partido A ou B que votou a favor do Renan e acusações que de nada irão adiantar. Agora tão vergonhoso quanto os quarenta votos pró-absolvição, foram as seis covardes abstenções. Pois o que esses seis indivíduos fazem no Senado Federal que numa situação onde têm que posicionar-se preferem ficar em cima do muro só para não se queimarem com os seus iguais e pouco ou nada preocupando com a nação brasileira, que é de quem a opinião deveria realmente importar para eles.
Por conta disso me pergunto: Onde estavam as “grandes” instituições que sempre vêm a público defender aos berros a decência e a moral brasileira. OAB, sindicatos e as outras diversas ordens de classes que sempre adoraram um palco para aparecer. Por que dessa vez não choveram ações nos tribunais para que o acesso às galerias fosse liberado? Afinal de contas aquilo é a Casa do povo brasileiro, e por que todos aceitaram que o dono da casa não pôde entrar e assistir a sessão onde foi decidido um fato de seu total interesse?
E como iniciei esse texto com a citação de uma canção, não poderia encerrá-lo de outra forma. E por isso vou citar um poeta contemporâneo do Cazuza e tão inteligente quanto – Renato Russo. “Nas favelas, no Senado sujeira pra todo lado, ninguém respeita a Constituição... Que país é este?...” Há mais de vinte anos essa canção foi escrita e será que algo mudou? Depois de hoje tenho a certeza que não.
“Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza...”. Jorge Ben estava inspirado e foi muito feliz quando compôs essa canção, mas infelizmente não posso dizer hoje que moro em um país abençoado e que estou orgulhoso do Brasil, ou melhor, do sistema político brasileiro.
Num ato covarde e criminoso contra o povo brasileiro, os nossos respeitáveis(?) e excelentíssimos senhores senadores da republica absolveram o presidente da casa. Em uma irresponsável prova de corporativismo sem escrúpulos e falta de respeito ao povo desse país.
Com quarenta votos pró Renan Calheiros, trinta cinco contra e seis absurdas abstenções, essa corja absolveu o individuo em questão. Não vou mentir aqui e dizer que fiquei feliz com isso, pois não fiquei. Entretanto o que achei mais grave nisso tudo não foi a absolvição em si, normal numa democracia. Mas o absurdo dos nossos representantes decidirem fazer isso às escuras, longe dos olhos da população. Proibindo o uso do sistema interno de som do plenário e a gravação e transmissão da sessão pela TV Senado. Isso soa como democrático para vocês? Ou digno de uma casa que vive vomitando que é o pilar da democracia brasileira?
Essa vergonhosa situação me lembrou de uma letra de um dos nossos maiores compositores que escreveu assim: “Não me convidaram para esta festa pobre que os homens armaram pra me convencer a pagar sem ver toda essa droga que já vem marcada antes de eu nascer...”. Foi dessa maneira que me senti. Como alguém que não é convidado para uma festa armada para nos convencer que o cidadão que estava sendo julgado era inocente e é ele quem vai depois pagar por toda essa farra. Querem inocentar alguém? Que inocentem, pois eles têm esse direito. Afinal de contas vivemos em um país que após muitos anos conquistou o direito à democracia, mas que tenham a hombridade de assumir seus atos perante a sociedade brasileira que é quem sustenta esses cidadãos.
Agora vai começar o carnaval de acusações dizendo que foi o partido A ou B que votou a favor do Renan e acusações que de nada irão adiantar. Agora tão vergonhoso quanto os quarenta votos pró-absolvição, foram as seis covardes abstenções. Pois o que esses seis indivíduos fazem no Senado Federal que numa situação onde têm que posicionar-se preferem ficar em cima do muro só para não se queimarem com os seus iguais e pouco ou nada preocupando com a nação brasileira, que é de quem a opinião deveria realmente importar para eles.
Por conta disso me pergunto: Onde estavam as “grandes” instituições que sempre vêm a público defender aos berros a decência e a moral brasileira. OAB, sindicatos e as outras diversas ordens de classes que sempre adoraram um palco para aparecer. Por que dessa vez não choveram ações nos tribunais para que o acesso às galerias fosse liberado? Afinal de contas aquilo é a Casa do povo brasileiro, e por que todos aceitaram que o dono da casa não pôde entrar e assistir a sessão onde foi decidido um fato de seu total interesse?
E como iniciei esse texto com a citação de uma canção, não poderia encerrá-lo de outra forma. E por isso vou citar um poeta contemporâneo do Cazuza e tão inteligente quanto – Renato Russo. “Nas favelas, no Senado sujeira pra todo lado, ninguém respeita a Constituição... Que país é este?...” Há mais de vinte anos essa canção foi escrita e será que algo mudou? Depois de hoje tenho a certeza que não.