Não perca tempo

Não, essa não é aquele clichê da literatura que duas pessoas se esbarram nos corredores, os livros caem e ambos se apaixonam. Na verdade, está bem longe disso.

Essa é uma história real...

Sim, se conheceram nos corredores da faculdade, em um dia chuvoso, mas a continuação não é essa que vocês imaginaram.

Vamos voltar mais um pouco nisso aí.

Em dia comum de aula, ela resolveu mostrar para sua amiga todos os caras que havia achado interessante no local, mas quando foi ver o último, aquele em especial chamou sua atenção - até aí, nada demais! - .

Depois disso começaram a se esbarrar frequentemente, apareciam sorrisos, trocas de olhares profundos, mais ainda não era nada demais.

Você deve estar se perguntando, quando que passou ser algo a mais, e eu te respondo que sempre foi, mas ambos não faziam ideia.

Trocaram telefone - pra ser sincera, não trocaram, ela pediu o número dele para uma amiga em comum -.

Começaram a se falar. No começo não era nada demais, trocavam uma palavra ou outra, por aquele aplicativo verde.

Ela se apaixonou, mas também, era inevitável - porque ele era o tipo de pessoa que qualquer um se apaixonaria - . Mas cometeu um grande erro, nunca falou isso pra ele, achava até que demonstrava, porque era uma apaixonada ambulante, só que isso não foi o suficiente. Enrolou tanto que perdeu, porém só percebeu isso quando o viu com outra pessoa. E não, essa não é a história de quem só dá valor quando perde, porque ela sempre valorizou tudo que compartilhavam, sabia que ele era único, só nunca verbalizou.

E escreveu esse texto para dizer que não se deve perder tempo! Se ama, fala. Se não, fale também. Melhor do que viver se lamentando por aquilo que poderia ter sido diferente.

Ana Carolina Dutra
Enviado por Ana Carolina Dutra em 10/11/2018
Reeditado em 18/12/2018
Código do texto: T6499093
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