ME LEVA DE VOLTA O MEU PRIMEIRO AMOR

O tempo passou e eu agora me vejo a refletir minha jornada até aqui. Quantas lembranças, quantas histórias lembradas outras tantas esquecidas. Quantas experiências, tantas decepções. Algumas amizades se foram, outras nasceram de uma conversa, de um encontro casual. Alguns amores passageiros, outros nem tanto. Uns solidificados, porém apenas um comprometido. Comprometido com a vida, com outros seres e com Deus. Mas até chegar a este amor comprometido, atual, trilharam-se caminhos vários, experiências várias. Não obstante um dia tivemos nosso primeiro amor e este está guardado como nossa experiência única. Sim, experiência única, pois até então não existia outro Ser em nossa vida, além de nossos pais, irmãos, irmãs, etc... Este sentimento diferenciado, onde realmente mexeu com nossa estima, nossa sensibilidade, nossos hormônios. Momentos mágicos. Troca de bilhetinhos, primeiro abraço afetuoso, primeiro beijo, juras de amor. Momentos especiais que não esquecemos e nem devemos esquecer, mas manter no cantinho do coração como parte de nossas vidas. Não deve ter sinônimo de sofrimento, pois assim seria um ato negativo em nosso caminhar o qual certamente nos traria decepções, sentimentos negativos. Esta volta ao passado deve ter um sabor de saudosismo, mas aquele saudosismo gostoso, onde a gente ri das lembranças, das peripécias que algumas vezes foram necessárias para manterem em segredo este amor inocente e saudável. E os nossos diários com florzinhas, beijinhos estampados no canto das folhas, coração flechado com o nome do nosso primeiro amor? Nós enciumados dos colegas em relação a nossa menina, nosso menino? Que coisa gostosa, momentos ímpares em nossa história. Segredinhos, histórias inocentes. Vamos à praia, mas quem vai nos acompanhar? Quem vai nos autorizar? E o cineminha da matinê? No escurinho comendo uma pipoca. As mentirinhas: hoje vou à casa de minha colega estudar matemática. Hoje vou à casa do meu amigo assistir televisão, fazer trabalho de escola. Situações, memórias que nos levam de volta ao nosso primeiro amor. Hoje vemos nos nossos filhos o espelho de ontem, no entanto os tempos são outros. A inocência dissipou-se, as preocupações aumentam cada vez mais. O mundo globalizado, cibernético, onde as palavras, frases correm soltas, neste mundo virtual é preciso estar atentos o que ocorre ao nosso redor. Seja em casa, na esquina, no clube, na escola, nas igrejas, são necessário sérios questionamentos acerca das nossas ações perante si e ao outro.

Valmir Vilmar de Sousa (Veve) 24/10/17

valmir de sousa
Enviado por valmir de sousa em 09/11/2018
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