NO BATACLAN COM ABEL FERREIRA
Remexendo nos meus CD's, topo com o imenso Abel Ferreira e seu clari-
nete, executando pérolas de chorinhos e marchas como "Brejeiro", "Gosto
que me enrosco", "Corta jaca", "O pé de anjo", "Tá aí" (Pra você gostar de
mim), "Polquinha mineira", "Tatu subiu no pau", "Pelo telefone", "Cristo
nasceu na Bahia", "Limpa banco", "Dá nela", "Rato, rato", "Seu Rafael" e o "Tango da meia-noite".
Meu saudoso pai, Constantino Rêgo (saxofonista e clarinetista), era fan-
zaço desse notável músico e eu, quando morei em Fortaleza/CE, de 10/11/
1982 a 08/11/1985, tive a ventura de vê-lo e ouvi-lo tocando no Teatro
José de Alencar ("Projeto Seis e Meia"), exibindo o seu incomparável talen-
to.
Após o espetáculo, não me contive e subi ao palco, em meio a outros
fãs, para abraçá-lo, colhi um autógrafo seu no convite e falei do meu
pai, o Velho Rêgo. Minha mulher, a Dona Mari, das poltronas do auditó-
rio, abria o seu belo sorriso e meneava a cabeça ornada de cabelos dou-
rados.
Em Belô/MG, tempos depois, estive com meu pai, falei desse encontro
e lhe dei o convite assinado por Abel Ferreira. Jamais esquecerei o brilho
dos seus olhos e o sorrisão que tomou conta dos seus lábios!...
-o-o-o-o-o-
B.Hte., 08/11/18