TECNOLOGIAS.

As novas tecnologias nos surpreende a cada dia, tão maravilhosas quanto úteis, e todas tem a finalidade de tornar tudo mais fácil e prático. Antes, principalmente nas redações de jornais, e em escritórios, como em tantos outros lugares havia as famosas máquinas de escrever, dos mais diversos tamanhos e marcas. Tempos depois surgia máquinas modernas, elétricas, sem dizer nos cursos de datilografia tão famosos e populares naquele tempo. Hoje temos computadores, tablets, laptop, e por aí vai… Sou um apreciador dessas tecnologias, amo-as, contudo, não desprezo, por exemplo, minha velha máquina de escrever, usada com bastante frequência eu diria. Algumas das minhas crônicas nasceram nela primeiramente, para depois migrarem para o computador, como essa que estou escrevendo, por exemplo. Confesso que gosto da sonoridade das teclas, das letras batendo no papel, é diferente do computador, mas… Enquanto eu estava trabalhando neste tema de tecnologias, sem saber ao certo sobre o que escrever, algo muito propício e inusitado ocorreu em casa, e de maneira nenhuma eu poderia deixar de registrar esse momento tão engraçado.

A coisa aconteceu bem de manhã, eu havia terminado de tomar o meu café, peguei a minha máquina de escrever, uma Remington 22, e a coloquei sobre a mesa da sala — minha cozinha é no estilo (América), geminada com a sala de janta — minha esposa que ainda tomava o café junto com sua mãe, ligou o celular, colocou um hino no YouTube para ela ouvir, como minha sogra tem problema de audição, reclamou que o som estava baixo. Minha esposa então, prestativa, no intuito de melhorar o som, ligou o Bluetooth do celular e a caixinha de som, dessas próprias para celulares, colocando-a longe do aparelho. Minha sogra apenas observava, atenta, parecia confusa, minha esposa, percebendo sua estranheza, perguntou-lhe.

— O quê foi mãe? Que cara é essa?

Minha sogra colocando uma das mãos no rosto respondeu.

— Mais que negócio mais esquisito é esse… Mais como pode… Meu Deus do céu, eu não consigo entender de jeito nenhum como é que o som sai da do celular e entra lá na caixinha se não tem nenhum fio ligando os dois… Mais que coisa mais cabulosa.

Minha esposa tentou — sem sucesso — explicar para a mãe como o, 'som', entrava dentro da caixinha.

— Mãe… São por meio de ondas invisíveis, ondas que flutuam no ar…

— Ondas? Como assim ondas? Nunca vi isso na vida, no meu tempo era fio, agora inventaram essa tal de ondas…

— Mãe… Presta atenção, às ondas…

— Nem adianta me explicar esse negócio de ondas não, eu nunca entendi e nunca vou entender— disse ela interrompendo minha esposa.

— Liga não minha sogra — eu falei me intrometendo na conversa das duas — Isso é coisa do cão.

— Mais é mesmo meu filho — continuou ela — só pode ser mesmo coisa do cão.

Enquanto ela continuava a falar, minha esposa apenas balançava a cabeça negativamente para mim. Caríssimos amigos leitores, cronista que sou, não perdi a oportunidade, o assunto estava bem ali, foi só colocar no papel.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 05/11/2018
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