O IDIOTA.
“Sócrates, pobre, é apenas um fazedor de frases, estúpido e pernicioso, sendo tolerado unicamente no teatro porque apraz ainda ao burguês ver a virtude em cena”, Fiador Dostoévisky.
Será que soube compreender o mendigo-filósofo na sua religião “sei que nada sei”, ou não pode penetrá-la?
“O Idiota”, da lavra do russo, que conta a história do Principe Liev Michikin no retorno à Rússia após tratamento mental na Suíça, e estada em casa de família pobre e humilde, até recebimento de uma herança, quando erigiu valores, observando em desespero o perfil de criminosos, mostra a reversão do quadro quando destacado o ideal cristão do Príncipe.
Niilismo e símbolos ateus são fortemente tratados. O liberalismo da Europa é rejeitado. Enfatiza ser tudo permitido na negação da Ética e ausência de Deus. O movimento político revolucionário prega a inexistência de Deus para convulsionando valores instalar a desordem, a dissolução da família e a permissividade. Tudo concentrado em um só objetivo, o Poder.
Como se vê agora no Brasil e que não terá avanço, uma vontade de ver revoluções que não existem, PRETENDÊ-LAS, clamar para que existam, da parte dos que querem instalar O CAOS, A INDISCIPLINA.
A isto chama-se AUTOFAGIA SOCIAL de idiotas.
Discordar é a mola da humanidade, o motor que leva ao conhecimento, gera o contraditório "saudável", nunca leva à idiotia. A idiotia é uma doença, e disso não se escapa, é inescapável, etiológico. Mesmo o idiota tem o direito de ser feliz, óbvio, todos têm. Somente têm o traço, PATOLÓGICO, de assentar contrariamente ao que é curricular. Nega o que tomba sob os sentidos do homem medianamente inteligente, que tem sua vontade presa a dogmas que não permitem o raciocínio - que a própria doença não deixa incorporar - e indicam um efeito de seguimento em matilha, ir seguindo o líder, por mais que indique contrariedade à evidência.
Esse o ponto alto da doença carregada. Não vou citar tratados de psiquiatria que tenho e neles estudei e ainda consulto, vou citar o dicionário mais efetivo brasileiro, o HOUAISS. "Idiotia: Ver RETARDO MENTAL GRAVE, doença genética; Idiota: diz-se de pessoa que carece de inteligência, de discernimento, tolo, ignorante, estúpido". E vai descrevendo seus corolários. Isso não os impede de viver nem serem felizes em seu mundo, pequeno, restrito ou médio, material e espiritualmente, mas são idiotas.
Minha jornada profissional teve e tem como base ler, estudar, desatar nós. Por esta compreensão necessária seria a última pessoa do mundo a pensar ser superior, o que pensam os idiotas, não têm humildade, sequela da idiotia. Negam a realidade que contrariam em seus devaneios. Seguir o líder a qualquer preço é o norte.
Ninguém quer ser idiota ou pede para ser idiota, mas comporta-se como idiota. E disso não pode escapar, nem é culpado, tem origem no ácido ribonucleico, DNA. Devem ser objeto de comiseração. A patologia situa o estigma que deve ser tratado, sob pena de levar aos caminhos indesejados das dependências todas.
A idiotia é clara e visível nos que contrariam a clareza do que está assentado como pacífico entendimento comum. O mais simplório homem distingue o que é comum e já estabelecido como diferença do que não se pode contestar. Mas o idiota dá fortes voos na sua intransponível limitação, pois nasceu com ela. Muitos o chamam de cretino, mas o idiota que consegue subir alguns degraus na informação rasteira, impulsionado por presenças que lhe acendem uma faísca de luz, pensa que é um gênio.
Se dá alguns passos pensa que caminhou todo o périplo do planeta. É normal que assim seja, quase explodindo seus neurônios, articula alguns superficiais raciocínios e se pensa um dos maiores físicos já surgidos, um dos festejados matemáticos nascidos, aquele pintor maior desconhecido por todos, se acha um expoente, um "literato" que glosa textos de outros ou comete contrafação, achando que passa despercebido. Bate o pé como criança pirracenta, "nada vai me mudar”. Os chiitas têm essa inclinação, também os marxistas/leninistas, nestes o tratamento envolve uma ortodoxia a partir do stalinismo.
O idiotas pensam que os outros são como eles, faz parte da patologia, nada enxergam. Idiotas ufanistas vivem, projetam-se no que aspiram ou aspiraram ser, e perseguem elogios por seguirem a matilha; cães treinados. Prevalecem trocas menos hígidas de sanidade, como próprio, e de necessidades menores. São doentes da percepção curricular, e não se convencem de seus limites, e dos limites de suas crenças, embora lhes gritem em entorno limitativo que habitam, por vezes lhes faltando mesmo o básico mínimo, alimento e remédios, por força de ação política de seus líderes. COMO PRÓPRIO DE CARÁTERES DUVIDOSOS, são disfarçados, lamurientos, coitadinhos, carentes das oportunidades da vida.
Aos idiotas, sem que vejam face à deficiência, resta a idiotia e seu restrito convívio. E nós devemos atendê-los em suas necessidades, tratando-os como doentes, não como pessoas normais.