O futuro no Brasil é incerto. Não obstante, com toda essa virulência que grassam contra os aspectos minoritários da sociedade já anunciado pelo novo governo, vemos, nitidamente, o alinhamento do Estado com as velhas oligarquias endinheiradas onde a cupidez é sempre o seu modus operandi principal.
Como bem alertava-nos Gilberto Freire: “A casa Grande e Senzala” não eram apenas locais físicos de um passado colonial; mas, sobretudo, fora uma mentalidade criada dentro da longa duração histórica que legitima a exclusão do outro, mormente dos mais pobres.
Por esse motivo que presenciei nos subúrbios cariocas diversos fogos de artifícios comemorando a vitória do futuro governo das elites. É a festa da senzala que por não perceberem sua posição classista festejam suas novas chibatadas que receberão em um futuro não muito distante.
Nestes tempos de incertezas e sombras sempre me lembro da famosa frase do escritor Saramago: “não é que eu seja pessimista, o mundo que é péssimo”.