E a vida não continua... continua.
E a vida não continua... continua.
A guerra fria interna começou, erguida por soldados armados de diálogos anacrônicos e inimigos ficcionais. Fronteiras com muros apedeutas e pontes destruídas por conceitos preconceitos são os novos projetos.
O inimigo está em cada esquina, vestido de verde e amarelo, azul, rosa, vermelho ( a cor é apenas pretexto de uma raiva adormecida), inventado pelo ódio silenciado de outrora. Ele agora é íntimo e tem o mesmo sangue latino. A nação dividida por um povo “acidadão acéfalo” resulta na anomia e em uma liça sem razão. A balburdia é disseminada por certezas construídas no blá blá blá da politicagem e a violência procura no real e se realizar. De longe, atrás de telas, o indivíduo-cidadão provoca, estimula, incita, no entanto a sua virilidade é impotente e eunuco para os desejos coletivos. Totalitário é a mesma voz ecoada.
Ganhou, perdeu!
A vitória deve ser de todos e a derrota perdeu no resultado final. Quem vence e venceu foi a democracia, todavia, perdemos em bom senso. Ficou o senso censurado gritando cale-se para opiniões contrárias. Provocações se tornaram diálogos.
A moral quer ser construída por misóginos, racistas, preconceituosos que em casa silenciam e são silenciados e levam ao público o fracasso de suas vidas.Todos parecem ter receitas para o sucesso de todos, contudo, não conseguem ler o próprio diagnóstico que aponta a sua enfermidade. O país não tem mais tempo para os novos narradores e a história não pode ser um rascunho publicado em redes sociais.
Venceu, pegue a sua vitória e compactue com todos. Perdeu, contribua com a sensatez e vença com a democracia.
Não há mais espaço para ameaças nem ameaças. Os lados opostos iguais em ódio e violência.
Vou dormir e acordar quando o primeiro cidadão se pronunciar. Feito Diógenes, ficarei na busca e o meu sono, com certeza, será perene!
Mário Paternostro