UM OUTRO CAMINHO; POSSÍVEL, ENCONTRADO.

Ouve-se muito sobre um espaço desconhecido, novo e sonhado.

Como seria? Como se fosse inatingível, acessível somente no sortilégio.Muitos, contudo, chegaram a esse imaginado espaço. Podemos dele nos aproximar. Pelos princípios desenhados no céu das possibilidades podemos nutrir esperanças.

Distante, imaginário, de difícil acesso, mas de possível alcance...

Fica no meridiano entre o entendimento e a compreensão. Isso como massa de inteligência pensante, voraz em realizações que edificam sem atrasos.

O berço desse dimensionamento é a esperança, a mesma que surge agora para quem pode filtrar a invectiva da realidade, e direcionar com percepção uma fortalecida e atilada racionalidade.

Só ao incapaz é vedada a possibilidade de distinguir. Mas o mundo tem essa divisão, ao fim e ao cabo das paixões, desnuda a mentira, sepultada pela verdade antecedente que se protagoniza na vitória, sem cizanias. Os que nada podiam enxergar seguem a nova hora, pois serão também acolhidos nas luzes esperançosas acesas na lâmpada das realidades.

Chegar nessa altitude onde vige a realidade sem sombras para os que enxergam, implica em viver-se intensamente, carregado nos braços da humildade, banhado na sabedoria dos sábios percorridos e estudados, mas antes refletidos, pois refletir sem estudar é perigoso, e estudar sem refletir é perder tempo.

Nessa jornada ficam estagnados aqueles vestidos dos sete estigmas capitais, que devem ser alijados com energia para ingresso na lei das liberdades, logo que a vaidade faz pensar o que não somos, a ira torna cinzento nosso discernimento, a inveja corrói a alma e aniquila o invejoso, a soberba mostra o desejo distorcido de grandeza, todos alimentos dos desfavorecidos, pecados removíveis pelo arrependimento.

É como uma terceira margem do rio tão decantada, pouco conhecida, está em nossas mãos a possibilidade, pode ser alcançada, mas a relativa felicidade que ela abriga, pode fugir por entre os dedos, escoando no rio da vida, se deixamos as mãos abertas aos sete anátemas capitais.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/10/2018
Reeditado em 30/10/2018
Código do texto: T6489971
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