BRASIL DIVIDIDO.

Brasil dividido, não por qualquer outro fator que não seja o econômico-geográfico-produtivo; PIB. Nunca por ausência de irmandade, mas unido pela irmandade que recusa a cassação das liberdades imposta e extinta do mundo pelas bandeiras vermelhas dos lúciferes. Os diabos vermelhos, apagados da política sadia no mundo.

Sempre esteve dividido o Brasil sob esta angulação, PIB. Foi assim rasamente nos limites históricos. Sem contestações pela evidência historiográfica. Não se trata de divisão ideológica de retrógrados retardos, já banidos do mundo inteligente, ou ainda de etnia pela clara miscigenação nacional desde o descobrimento. Dá-se a divisão pela produção. Há uma região que produz, avança, colhe proveitos e outra que decresce, se produz é muito pouco e insere-se na distribuição de impostos, exclusive na retenção que dita a partilha constitucional de gravames tributários, mas sob esse aspecto, retenção, minimizado onde a produção e a renda englobam pouco, como no nordeste. Fraco na força de trabalho.

Bem verdade que democracia, tão festejado vocábulo e pouco compreendido, não é o sistema do povo, para o povo e pelo povo, é pura e simplesmente a escolha dada ao eleitor se quiser votar (voto é liberdade, voto se quiser), a consagração das liberdades todas. Como governo do povo, para o povo e pelo povo, como indica a Constituição, é ficção, pois uma maioria simples, metade mais um, elege quem irá governar. Portanto não é “governo do povo”, do povo todo, MAS PARTE DELE que estará representado. Assim se constrói a desejável oposição que faz contrapeso a possíveis excessos da governança.

O sistema nasceu nas “ágoras gregas” e nos “fóruns romanos” e se consagrou nos tempos com e pela legitimidade da escolha, como quis Cristo, indicando esse caminho para distinguir entre o bem e o mal, ainda no bíblico Jardim do Éden, Gênesis, romanceado mas de forte exemplaridade.

Estranhamente (ou cooptados e comprados por necessidades?) o Congresso, bicameral, é de forte presença de Estados que nada ou pouco produzem. Estão ou estiveram lá, Sarneys, Barbalhos, Collors, e tantos outros da bancada do nordeste. E continuam mandando, defenestrados agora, em parte, felizmente serão extirpados no futuro breve.

Continuam as castas oligárquicas mandando e recebendo votos dessas regiões onde a pobreza é indiscutível. Desse anfiteatro captam-se os votos. Continuam a prestigiar o desprestígio que têm em retorno, sem água, sem subsistências mínimas, famélicos, como noticiado, recebendo quando muito “bolsas”. Uma notável disfunção de educação, pois quando ela falta, falta tudo. As regiões produtoras têm se encarregado de levar em frente com parte de seu trabalho esse velho fenômeno. Um encargo federativo.

O atual presidente eleito afirma que irrigará o nordeste como feito em Israel, desertificado e surpreendente para quem conhece o que fizeram. Água é a essência da vida, ensinava Tales de Mileto com exemplo trágico: "o cadáver resseca, os vermes são úmidos".

Esperamos que assim possam produzir trabalhando e desenvolvendo suas potencialidades, para somar com as regiões que produzem.

Abaixo um quadro que não deixa dúvidas.

Lista de unidades federativas do Brasil por PIB.

Mapa das unidades federativas do Brasil segundo o PIB em 2015. Em reais:

Em 2015 Comparada a 2014

1 São Paulo 1.939.890.000 32,2 32,4 %

2 Rio de Janeiro 659.137.000 11,6 11,0 %

3 (0) Minas Gerais 519.326.000 8,7 %

4 (0) Rio Grande do Sul 381.985.000 6,2 6,4 %

5 (0) Paraná 376.960.000 6,0 6,3 %

%

6 (0) Santa Catarina 249.073.000 4,2 4,2%

7 (0) Bahia 245.025.000 3,9 4,1 %

8 (0) Distrito Federal 215.613.000 3,4 3,69 %

(0) Goiás 173.632.000 2,9 2,9 %

10 (0) Pernambuco 156.955.000 2,7 2,6 %

11 (2) Pará 130.883.000 2,2 2,2 %

12 (1) Ceará 130.621.000 2,2 2,2 %

13 (2) Espírito Santo 120.363.000 2,2 2,014 %

(0) Mato Grosso 107.418.000 1,8 1,8 %

15 (0) Amazonas 86.560.000 1,5 1,4 %

16 (0) Mato Grosso do Sul 83.082.000 1,4 1,4 %

17 (0) Maranhão 78.475.000 1,3 1,3 %

18 (0) Rio Grande do Norte 57.250.000 0,1 1,0 %

19 (0) Paraíba 56.140.000 0,9 0,9 %

20 (0) Alagoas 46.364.000 0,7 0,81 %

(0) Piauí 39.148.000 0,7 0,7 %

22 (0) Sergipe 38.554.000 0,6 0,6 %

23 (0) Rondônia 36.563.000 0,6 0,6 %

24 (0) Tocantins 28.930.000 0,5 0,5 %

25 (1) Amapá 13.861.000 0,2 0,2 %

26 (1) Acre 13.622.000 0,2 0,2 %

27 (0) Roraima 10.354.000 0,2 0,2 %

Total 5.995.787.000 100 100

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 29/10/2018
Reeditado em 29/10/2018
Código do texto: T6489216
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