Direção da consciência
Imposição não é democracia, ainda bem, que querer não é poder. Não me sinto pertencente a um grupo específico, dada a minha formação genética e cultural. Minha ligação é pessoal, não partidária. Algumas pessoas quererem impor seu ponto de vista, em detrimento do outro e reclamam por respeito.
Não gosto de ideologias, elas ferem o princípio da universalidade. Ativismo é uma coisa, alienação é outra. Todos têm direitos, deveres e garantias, exigir igualdade de condição justa é fundamental, diferenciada é privilégio. Todo sistema é piramidal, e a base sempre estará lá para sustentar o topo. Não conheço igualdade de sistema governamental, até nas comunidades os líderes representam.
Alguém sempre estará à frente, não dar para ouvir a voz de todos e nem realizar os desejos individuais. Nenhum representante fará o papel de pai, pois a educação de comportamento é dever de casa. E aceitar as diferenças faz parte de algumas questões ensinadas pelos pais. Não devemos culpar o estado por tudo, muito menos cobrar responsabilidades nossas.
Só lembrando, que o livre arbítrio é herança divina. Matar, roubar, mentir, enganar, tirar proveito em causa própria são escolhas, não matérias acadêmicas. O homem tem uma carga genética inclinada para o mal, independe de classe ou estamento social.
Seria amoral falar que todo pobre é bom e o rico mau, pois o caráter não está associado a condição econômica, raça, cor, gênero e espaço geográfico. Ninguém é mocinho ou vilão até que prove o contrário. Lutar pela classe trabalhadora e estudantil é louvável, bem como a qualidade de ensino, saúde, moradia, alimentação, infraestrutura e lazer.
Exigir políticas públicas para distribuição de rendas, geração de emprego e investimento é o dever de todos, assim como fiscalizar a gestão de cada cargo eletivo. O que está errado é a concentração de poder partidária, o continuísmo, a alternância do poder é saudável. Não quero uma vida de migalhas e miserável, luto todo dia por melhoras.
Sou empática, mas não penso igual a ninguém. Tenho minha própria identidade, impressão digital e querer. As oportunidades e salvação são individuais e não coletivas. Não entendo quando alguém do campo de produção do conhecimento e da rede midiática têm seus atos pautados na parcialidade e com direção da consciência.
É lamentável ver um país tão dividido, cheio de emendas e ranhuras. O que mostra traços de violência, pois não se reconhece a autoridade, mas a força. Não sei se existe luta pacífica, acredito que o exemplo é pelo exemplo, não através do discurso.