O PELOTÃO DE FUZILAMENTO

O day after das eleições presidenciais desse ano nunca foi tão distinto. Não são partidos disputando o eleitor através de programas, nem candidatos carismáticos que recriam o velhaco 'salvador da pátria'.

Esse segundo turno é entre um partido que já foi governo e teve a maior aprovação da história, e um sistema que ameaça a democracia e soberania com a ascensão do neofascismo.

Optei por fazer pós-graduação em Ciência Política, termino ano que vem. Fiz a escolha correta porque, após as eleições, independente do resultado, a sociedade vai precisar aprofundar as discussões sobre a relação de poder e sua hierarquia.

O risco do paredão de fuzilamento não deve ser minimizado, tampouco menosprezado. Os dias podem se tornar violentos, de perseguições. No letreiro da minha Escola coloquei uma frase de Paulo Freire :"Não há saber mais, ou sabe menos. Há saberes diferentes." Estaria dentro da 'normalidade' do regime, se uma milícia fascista, incomodada com a frase, atacasse a Escola.

Os argumentos que usei com a literatura se esgotaram, fiz o que pude. Ofendi, mas nunca fui ofendido, porque reconheço a falta de conhecimento que vem do outro lado. Todos os textos estão cronologicamente no meu Blog. Faço isso, com orgulho, para que meus netos um dia tenham acesso e saibam de que lado lutei.

Agora resta 'as ruas'. Nessa reta final a palavra escrita vai virar palavra falada. #Haddad13

Ricardo Mezavila.

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 26/10/2018
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