MORTE
MORTE
Por acaso, há adjetivos que traduzam, o que estamos testemunhando diariamente, nesta quadra dos processos eleitorais?
Poderíamos citar, lamentável, repulsivo, medíocre, infamante, preconceituoso, indecente, obsceno, amoral, imoral.
Todavia, ao contrário dos que pensam que estou dirigindo-me aos candidatos, cuja maioria conhece as “virtudes”, faço referência àqueles milhares, que vivem a expressar, espalhar e trocar ignomínias em redes sociais.
Tais atitudes, profundamente incivilizadas e ignorantes, mostram o quanto nossa sociedade não tem valores e princípios, que se coadunem com o que se considera ético, legal, correto e mostra de cidadania.
Assusta ver atitudes, comportamentos e costumes eivados de selvageria e deseducação.
Todos os quadrantes ou lados trocam insultos, estimulados por “demiurgos”, “lideranças”, “mitos”, “famosos”, que não tem a mínima responsabilidade sobre o que suas ações e maus exemplos causam a uma sociedade, principalmente aos jovens.
Assim, pouco importa o resultado do pleito, os lados equivalem-se em barbárie e não há o que comemorar neste “processo democrático”. Olho-me no espelho e vejo os candidatos, e se não bastassem minhas, rugas, cicatrizes e diatribes entranhadas na alma deslavada, espalho-as semeando um futuro alquebrado.
A morte começa a parecer dádiva.