KIT BOLSOMINION
Agora que todos sabem que nunca existiu o famigerado 'kit gay' que fez com que Bolsonaro se tornasse famoso em todo o país, ao ponto de ameaçar a democracia e implantar uma ditadura fascista, faço uma introdução ao que seria o 'kit bolsominion'.
O kit explica como votar sem culpa, sem remorso, sem vergonha de estar colaborando com o que pode ser, se vingar, uma das páginas mais infelizes da nossa história. Você aprende a votar sem se importar com os seus direitos e os de sua família.
O principal tópico do kit é não ouvir o que Fernando Haddad diz, porque pode fazer o bolsominion pensar e isso é impedimento para continuar a utilizar o kit. Esse é o motivo de Bolsonaro fugir dos debates.
Para seguir na doutrina do kit, deve-se rejeitar veementemente a pedagogia de Paulo Freire, focar em estudos da literatura hitleriana, mussoliniana, com recortes da fase integralista no Brasil na década de 1930.
Sobre religião, o kit permite que o amestrado professe todas, até mesmo as antagônicas que vivem em conflitos de guerra. Lembrando que, quando estiver em uma mesquita, tem que menosprezar os outros templos, e vice-e-versa.
Sobre nacionalismo, o discente deve dizer "a minha bandeira jamais será vermelha"; bater continência para a bandeira estadudinense; concordar com a privatização da educação e saúde; admitir que o aquífero Guarani seja leiloado; que a Amazônia pertença ao 'mundo'; que as petroleiras levem nosso petróleo.
Ao final do kit é preciso estagiar esfaqueando um homossexual, estapeando uma mulher, humilhando um negro, ameaçando índios e movimentos sociais.
Para receber o diploma do kit, o adestrado precisa saber, 'na ponta da língua', o nome completo e a patente de um torturador específico e tê-lo como ídolo :Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, Agora, se o formando quiser sair pós-graduado, tem que repetir esta frase após a deferência: "O pavor de Dilma Rousseff".
Ricardo Mezavila.