Chuva, Tapetes ...
Já são vinte e cinco dias de chuva. Dá uma paradinha e logo ela volta.
Segunda feira passada foi perfeito para ficar no sofá, se enrolar no edredon com um bom livro e bebericar chá.
Terça feira amanheceu chuvosa, mas o sol chegou a me enganar com a sua presença por algumas horas. A temperatura subiu um pouco, mas não deu para secar a roupa no varal, nem chegou a despertar aquela coragem de tirar os matinhos, mas foi o suficiente para me convencer a lavar os tapetes que ficaram ao relento e encharcaram. São na verdade capachos, três no total e havia um somente ainda seco para deixar na porta de entrada para dar às boas vindas aos sapatos e botas das visitas e alunos.
Acordei por volta das duas da madrugada na quarta feira com barulho de chuva forte e muita ventania. Levantei da cama mais rápida do que 'The Flash' ao lembrar do tapete, o último tapete seco que esqueci de recolher.
Abri a porta e ....
Não! Não pode ser! Em cima do tapete um sapo! Não era um sapo verde, nem aquele sapo menorzinho, mas um sapão amarronzado e feio, muito feio mesmo. Bati o pé tentando assustar a criatura, mas ele nem tchum. Engrossei a voz e mandei o bicho sumir. Mais uma vez, nada. Fechei a porta e fui atrás da vassoura. Voltei, abri a porta e lá estava ele. Imóvel. Provavelmente curtindo o barulhinho bom da chuva e aguardando a hora certa de partir pulando quando a vassoura o pegou por de traz mandando ele para longe. Nada que uma boa vassoura não resolva, certo?
Voltei para cama e dormi.
Ainda chovia quando a tarde chegou e comecei o meu segundo turno: as aulas.
Às 18:20, minha última aluna do dia chega e socializa com o casal que está terminando a aula com chá e biscoitos. Como sempre, a conversa dura uns dez minutos, despedem com beijinhos no ar e votos de um bom fim de semana, sem chuva.
São quase dezoito anos que conheço esta aluna. Hoje, ela tem trinta e cinco anos e é uma profissional de primeira na área dela.
Um pouco depois da nossa aula terminar às 21 horas, ela me pergunta como estou me virando com as tarefas de casa com esta chuvarada toda.
Digo que estaria frita se fosse na época com os filhos pequenos ou na fase da adolescência, mas no geral, tudo ok. O único contratempo é o saco de material reciclável que não consegui colocar lá fora porque chovia justamente no horário da coleta.
Ela me conta que nem quer ver a conta de luz quando chegar porque sabe que vai vir um absurdo devido ao uso excessivo. A culpa toda desta chuva.
Do nada, comento que apareceu um sapo na minha porta.
"Um sapo? É mesmo, Teacher? Não era uma perereca?"
Dou risada e digo que sei muito bem a diferença entre um sapo e uma perereca.
Ela dá um daqueles sorrisos debochados dela e ...
"Deveria ter deixado o sapo entrar. Quem sabe, rolava um beijinho e ... voilà: um Principe!"
"Francamente, Raquel. Um sapo? Vou dar confiança pra sapo?", e dei uma boa gargalhada.
"É mesmo, Teacher. Depois que o Shrek apareceu, quem quer beijar sapo?"
Pois é ...
Já são vinte e cinco dias de chuva. Dá uma paradinha e logo ela volta.
Segunda feira passada foi perfeito para ficar no sofá, se enrolar no edredon com um bom livro e bebericar chá.
Terça feira amanheceu chuvosa, mas o sol chegou a me enganar com a sua presença por algumas horas. A temperatura subiu um pouco, mas não deu para secar a roupa no varal, nem chegou a despertar aquela coragem de tirar os matinhos, mas foi o suficiente para me convencer a lavar os tapetes que ficaram ao relento e encharcaram. São na verdade capachos, três no total e havia um somente ainda seco para deixar na porta de entrada para dar às boas vindas aos sapatos e botas das visitas e alunos.
Acordei por volta das duas da madrugada na quarta feira com barulho de chuva forte e muita ventania. Levantei da cama mais rápida do que 'The Flash' ao lembrar do tapete, o último tapete seco que esqueci de recolher.
Abri a porta e ....
Não! Não pode ser! Em cima do tapete um sapo! Não era um sapo verde, nem aquele sapo menorzinho, mas um sapão amarronzado e feio, muito feio mesmo. Bati o pé tentando assustar a criatura, mas ele nem tchum. Engrossei a voz e mandei o bicho sumir. Mais uma vez, nada. Fechei a porta e fui atrás da vassoura. Voltei, abri a porta e lá estava ele. Imóvel. Provavelmente curtindo o barulhinho bom da chuva e aguardando a hora certa de partir pulando quando a vassoura o pegou por de traz mandando ele para longe. Nada que uma boa vassoura não resolva, certo?
Voltei para cama e dormi.
Ainda chovia quando a tarde chegou e comecei o meu segundo turno: as aulas.
Às 18:20, minha última aluna do dia chega e socializa com o casal que está terminando a aula com chá e biscoitos. Como sempre, a conversa dura uns dez minutos, despedem com beijinhos no ar e votos de um bom fim de semana, sem chuva.
São quase dezoito anos que conheço esta aluna. Hoje, ela tem trinta e cinco anos e é uma profissional de primeira na área dela.
Um pouco depois da nossa aula terminar às 21 horas, ela me pergunta como estou me virando com as tarefas de casa com esta chuvarada toda.
Digo que estaria frita se fosse na época com os filhos pequenos ou na fase da adolescência, mas no geral, tudo ok. O único contratempo é o saco de material reciclável que não consegui colocar lá fora porque chovia justamente no horário da coleta.
Ela me conta que nem quer ver a conta de luz quando chegar porque sabe que vai vir um absurdo devido ao uso excessivo. A culpa toda desta chuva.
Do nada, comento que apareceu um sapo na minha porta.
"Um sapo? É mesmo, Teacher? Não era uma perereca?"
Dou risada e digo que sei muito bem a diferença entre um sapo e uma perereca.
Ela dá um daqueles sorrisos debochados dela e ...
"Deveria ter deixado o sapo entrar. Quem sabe, rolava um beijinho e ... voilà: um Principe!"
"Francamente, Raquel. Um sapo? Vou dar confiança pra sapo?", e dei uma boa gargalhada.
"É mesmo, Teacher. Depois que o Shrek apareceu, quem quer beijar sapo?"
Pois é ...