A VIOLÊNCIA URBANA NOS LIVRAI HOJE... AMÉM!
E após um dia de experiências e labutas, enfim chega à noite
A que comodamente me deito no sofá da sala, diante da televisão
E, de repente, ouço um grito... de pânico... e de terror
O que seria aquilo?
Não! não parecia ser o vozerio da meninada a brincar
Até por que a rua vazia s’encontrava
E então, desativei o áudio da televisão
Todavia, os gritos persistiam... e insistiam
Levantei-me, pois do sofá a que abri as cortinas da janela
Ao que percebi um portão aberto na casa da frente
Algo estava errado (e era justamente na casa de minha irmã)
Não! eu não podia ficar estático, sem nada a fazer...
oh! não, de form'alguma
E assim, não resisti a tentação... e eis que fui até lá
Discretamente abri então o portão da garagem de minha casa
E inesperadamente dois elementos, portando revólveres, me abordaram
A que com eles me puxaram em direção à outra casa
A gritarem rudemente e com ferozes ameaças:
"Sai daí e vem prá, e não reaja, senão eu te mato"
E, exaltados, com as armas apontadas para nós
Eram assaltantes... jovens bandidos... mas criminosos
Atordoados, nervosos e extremamente ansiosos
E o tempo todo a nos ameaçarem caso lhes negássemos a sua vontade
Eis que tentaram roubar o carro (ou mesmo entrar na casa)
Porém, não conseguiram
E, quem sabe, por deduzirem que, por estarem descobertos
... logo a polícia viria
Sendo assim, imediatamente saíram correndo
Ah, como é indescritível a sensação de se ter um
...revolver apontado para nossa cabeça!
Na verdade, não roubaram nada
Em seguida os vizinhos vieram para a rua
E todos a estarem atordoados pelo o que acontecera
A tempestade passara, embora ainda houvesse resquícios de seus ventos
E, finalmente, a polícia chegou, embora um tanto tardia
Porém, nada se podia fazer, a não ser apenas registrar
... o boletim de ocorrência dos ladrões que nada roubaram,
... a não ser a nossa paz e tranqüilidade
(e não então muito?)
Antes de irmos para os nossos lares, reunimos em oração
... para pedir a Deus a Sua proteção, e agradecemos por não
... ter havido algo pior, o que dispensa palavras
Finalizando:
E assim, cada vez mais aumenta a paranoia urbana
Pelo que estamos presos e acuados em nossas casas
Enquanto os bandidos estão livres
Até quando?
PS: Escrevi este devido relato em função de minha
experiência, juntamente com a minha irmã a qual passamos
ontem, dia 23 de outubro de 2018
Sabemos que a violência não se acabará tão cedo,
mas sejamos unidos, na condição de vizinhos e amigos.
Somente desta forma poderemos vencer este leão que,
sem piedade nos quer devorar...