Que Haddad ou Bolsonaro não jogue tudo no lixo
Imagino como deve estar o coração do Haddad e Bolsonaro nesse final de campanha.
Saber que na noite de domingo terão novo endereço quando as urnas eleitorais ditarem o que a maioria de nós quer para o país.
Talvez essa maioria tenha sido entorpecida pelo canto ardiloso daqueles maestros maquiavélicos que deixaram transparecer só o que desejavam.
Talvez essa maioria tenha sido ludibriada por olhos sedutores, caindo naquela conversa mole que, de tempos e tempos, nos obrigam a digerir.
Duvido que nesse final de segundo tempo os dois caras consigam dormir,
consigam pensar, e até respirar direito.
Essa ânsia de trazer novos pro rebanho deve ser coisa doida.
Bolsonaro e Haddad têm que deduplicar o tempo pra colocar esse Brasil-continente no bolso.
Queimaram uma grana absurda pra vencer ou amargar uma derrota que deve doer mais do que parir trigêmeos de uma vez só.
Desejo que Haddad ou Bolsonaro tenha a mínima noção do que está tão perto de conseguir.
Das milhões de vidas que poderá melhorar ou deixar que sejam novamente espezinhadas, cuspidas e desprezadas pelo descaso, pela roubalheira, pela absoluta incapacidade de entender o poder como bênção.
E não como álibi pra deitar e rolar numa suruba sórdida e repugnante.
Espero que, quem vencer a briga, ajude nosso Brasil, nossa gente, nossas plantas e nossos bichos.
E que tenha a sabedoria e discernimento pra compartilhar as rédeas com turma do bem, que não se perca totalmente no ôba-ôba do poder.
E que Deus sussurre nos ouvidos do vencedor que não conquistou apenas o mais alto posto dessa terra. Que nada.
Conquistou a oportunidade de mudar nosso país pra melhor.
Tomara que não atire esse privilégio único no lixo,
gargalhando e mandando todos nós à merda.