ANTES DE NASCER

É bem provável que já tenhamos presenciado alguém, seja um amigo ou um parente, que já nos tenha apresentado algumas ideias ou um projeto em que determinadamente naquele momento “estava botando fé”. Que talvez ele tenha se debruçado dias e dias no planejamento ou em como desenvolver as ações sequentes; que somente naquela, bem naquela hora, por confiar em nós, teve uma vontade evidente de nos falar e o que infelizmente aconteceu? Nós mais do que depressa sem ao menos parar para refletir, em suaves quinze segundos, exprimimos aquela frase desatinada: “Não vai dar certo, não vai dar certo! Nem vem que isso não vai dar certo!” Winston Churchill, estadista britânico, dizia em instrução dizia que “construir pode ser a tarefa lenta e difícil de anos. Destruir pode ser o ato impulsivo de um único dia.” Do outro lado o amigo que estava bastante esperançoso com suas imaginações, concentrado, focado, parece que iria se desmoronar depois daquela resposta célere e impulsiva a respeito. E o que ocorreu então? Não houve mais como voltar no tempo das ideias e concertar o dito pelo não dito. Agora já era! Já foi, saiu!! Quem sabe uma grande obra que poderia em um breve futuro e beneficiar muita gente necessitada, foi sepultada antes mesmo de nascer!

Alguns de nós somos muitas vezes bem de tal modo - devoradores, superficiais, quem sabe medíocres na avaliação do pensamento. Temos tantas certezas unilaterais e absolutas que por vezes nos impedem de transcender; que nos impedem de continuarmos em frente; que nos anteparam de observarmos além! Por conseguinte pode ser que valorizemos o que está palpável, que transmite o que está pronto, aquilo que deve provocar prazer ou satisfação! Poderíamos sim ter muito mais, vivermos bem mais se soubéssemos olhar com olhos de empatia ao outro e as ideias do próximo. Carl Rogers, psicólogo britânico nos escreve que “ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele.” Verdades absolutas negativas, crenças baixas e petrificadas em nós, nos impossibilitam de crescermos, de levantarmos e alcançarmos o que há mais a frente, para lá do horizonte. É inegavelmente assim – uma ação produz a outra; que se alinha com a próxima e com a anterior, que gradativamente assume novos graus superiores e para alguns quase insondáveis. Mas há de haver um processo, um desenvolvimento, uma raciocínio lógico e um solo propício ao dilatar dos bons ramos da mente consciente.

Contudo se diversamente propagarmos uma consciência absoluta e positiva haveremos de encontrar e obtermos resultados distintos e duradouros consubstanciados e mais embasados. Os caminhos e os campos naturalmente se abrirão, quando peregrinamos na direção edificante. Assemelha-nos que faltam raízes vigorosas para confiarmos em nós mesmos ou nos que estão ao nosso redor e que exprimem a vontade de perpetrar algo melhor! Possivelmente somos carentes de humildade para lidar com o outro e sabermos bater palmas ao sucesso alheio como verdadeiro, do que ficarmos a nos lamentar sobre o que não fizemos ou sobre o que poderíamos ter vivido. Na hora da vitória, viva cada instante como único (mesmo que a vitória esteja ao lado). Na derrota, saibamos receber as flechadas de maneira que possamos nos apoiar na certeza de um dever a ser cumprido. De forma que cada jogo, cada batalha seja para nós apenas estágio para o melhor que ainda está por vir. O que é inteiramente adjacente pode durar pouco e não trazer o que precisamos sedimentado para sermos sustentavelmente felizes.

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 22/10/2018
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