DR LUIZ
Nair Lúcia de Britto
O Dr. Luiz não era um médico de grandes posses. Era uma pessoa simples, com boas condições financeiras, e muito conhecido na cidade de São Vicente por sua generosidade.
Morava na rua João Ramalho: uma rua onde também morei quando criança e da qual eu gostava. Foi na época dos paralelepípedos, e muitas árvores de ipês amarelos, que alegravam as manhãs e as tardes... Por ela eu descia e subia correndo, para ir ao Grupão, uma escola no centro da cidade.
Lembro-me de uma vez que eu, já adulta, estava numa situação difícil criando duas filhas sozinha, com a ajuda da minha mãe. Na ocasião, fiquei com uma febre muita alta, o corpo cheio de erupções. Minha mãe aconselhou-me a procurar o Dr. Luiz, naquele momento de aflição.
Bati timidamente à porta da casa dele, muito sem graça, porque eu não sabia como pagar a consulta, uma vez que ainda estava desempregada.
Fui prontamente atendida pelo Dr. Luiz que me deu o diagnóstico sorridente:
-- Não se preocupe. Não é nada de grave! O que acontece é que você pegou sarampo das suas crianças. E deu-me as instruções.
-- Quanto é a consulta, perguntei em pânico porque eu não tinha em mãos o dinheiro para pagá-la.
Dr. Luiz pressentiu minha situação e ainda com um sorriso no rosto me disse:
Ora, não é nada!
Ele era assim mesmo, um bom médico e de bom coração, que atendia as pessoas em dificuldades sem cobrar nada e com a mesma atenção!
Dr. Luíz era o pai de Márcio França, que tendo um pai tão generoso e tão honrado, só poderá ser um bom governador do Estado de São Paulo!
A ele ofereço esta crônica como prova de gratidão.
Arte: "Médico e Jovem Paciente" , de Norman Rock Weel, pintor norte-americano (1894-1978)
Nair Lúcia de Britto
O Dr. Luiz não era um médico de grandes posses. Era uma pessoa simples, com boas condições financeiras, e muito conhecido na cidade de São Vicente por sua generosidade.
Morava na rua João Ramalho: uma rua onde também morei quando criança e da qual eu gostava. Foi na época dos paralelepípedos, e muitas árvores de ipês amarelos, que alegravam as manhãs e as tardes... Por ela eu descia e subia correndo, para ir ao Grupão, uma escola no centro da cidade.
Lembro-me de uma vez que eu, já adulta, estava numa situação difícil criando duas filhas sozinha, com a ajuda da minha mãe. Na ocasião, fiquei com uma febre muita alta, o corpo cheio de erupções. Minha mãe aconselhou-me a procurar o Dr. Luiz, naquele momento de aflição.
Bati timidamente à porta da casa dele, muito sem graça, porque eu não sabia como pagar a consulta, uma vez que ainda estava desempregada.
Fui prontamente atendida pelo Dr. Luiz que me deu o diagnóstico sorridente:
-- Não se preocupe. Não é nada de grave! O que acontece é que você pegou sarampo das suas crianças. E deu-me as instruções.
-- Quanto é a consulta, perguntei em pânico porque eu não tinha em mãos o dinheiro para pagá-la.
Dr. Luiz pressentiu minha situação e ainda com um sorriso no rosto me disse:
Ora, não é nada!
Ele era assim mesmo, um bom médico e de bom coração, que atendia as pessoas em dificuldades sem cobrar nada e com a mesma atenção!
Dr. Luíz era o pai de Márcio França, que tendo um pai tão generoso e tão honrado, só poderá ser um bom governador do Estado de São Paulo!
A ele ofereço esta crônica como prova de gratidão.
Arte: "Médico e Jovem Paciente" , de Norman Rock Weel, pintor norte-americano (1894-1978)