Por que resolvi começar a escrever fanfictions

Muita gente já deve ter lido livros, gibis ou visto filmes, novelas ou seriados e pensado nos muitos erros presentes nas histórias, pensando em como muitas histórias poderiam ter sido melhores se certos personagens tivessem sido melhor explorados ou os autores não houvessem cometido erros que são bem evidentes mas que eles pareceram não notar. Isso com certeza leva muita gente a ter vontade de escrever sua própria versão da história. Eu mesma tive esta vontade muitas vezes ao ver certas novelas, filmes ou desenhos animados. Às vezes, eu notava erros muito grosseiros, inverossimilhanças gritantes e personagens desnecessários que não fariam a menor diferença se nunca houvessem aparecido na história. E ficava imaginando como seria se a história fosse minha.

Recentemente, vi que tinha esta chance ao descobrir uma nova tendência: as fanfictions. Literalmente, significa "ficção de fã", em que você, pegando os personagens de uma história já existente, cria sua própria história. No geral, quem as escreve são adolescentes, mas eu resolvi me arriscar depois que comecei a ler um mangá cuja premissa achei bastante interessante, mas me revoltei ao ver que a autora escreveu algo sem sentido, transmitindo conteúdos errados e sem aproveitar bem os personagens, botando detalhes demais para "enfeitar" e botando um personagem que, além de abominável, é desnecessário.

Então, eu mudei muito o perfil dos personagens e decidi que esse personagem que não gostei não irá aparecer. Um dos protagonistas é um jovem que todos julgam alguém alegre, imaturo e a "alegria da festa", um fotojornalista cujo jeito infantil e um tanto autossuficiente, típico dos jovens com cerca de vinte anos, esconde alguém com segredos sombrios. O outro é um implacável chefão criminoso.

Trabalhei bastante na construção das personagens e dei outro foco ao desenvolvimento do relacionamento que vão construindo, fazendo com que se vá descobrindo que as pessoas são muito mais do que parecem e que nem sempre podemos fingir que o passado está morto e enterrado.

Ao mesmo tempo em que o fotógrafo vai se vendo mergulhado no mundo sombrio do crime, ele se vê obrigado a enfrentar verdades que vão sendo reveladas, tendo de admitir que nunca mais poderá viver sua antiga vida e precisará se adaptar às exigências de um mundo totalmente estranho de tudo que sempre havia conhecido. Conseguirá ele sobreviver?

Ainda não terminei, mas trabalharei bastante no desenvolvimento dos personagens. Afinal, quem de repente se depara com outra realidade e enfrenta tantos sobressaltos nunca mais poderá ser a mesma pessoa.