INGENUIDADE E GENUINIDADE

Quem acredita nisso? Hoje, esse assunto é tido como fraqueza ou baboseira,assim ele dizia. Pobre de mim que ainda acreditava, que ainda lutava, que ainda sonhava.

Aquela noite o frio assolava com fortes jorradas de vento,o céu estava cinzento, as folhas movimentavam-se em círculos, não sei, mas me transferia uma perplexa obscuridade. E enquanto caminhava meditativa retornando para casa, tentava compreender o motivo pelo qual as pessoas se encontravam assim como aquela noite: melancólicas, apagadas e tristes.

Seria inocência minha acreditar em amor? Ou seria à culpa da soma individual de decepções das pessoas? O motivo seria o infeliz caminho que só as trouxe quem as dispusesse um tratamento ingênuo em oposição ao genuíno? E, mesmo que a resposta seja positiva, isso as dá o direito de repercutir impropérios em detrimento da afabilidade?

No meio do percurso, uma forte chuva começou a cair. Cada gota que caia sob a minha pele, causava-me uma profunda disparidade de sentimentos. Mas o que significava a dor da força da água que caia em mim comparada a dor que senti em meu coração ao ver no olhar de alguém que o amor é uma trivialidade?

O problema não é e nunca será o amor, mas sim as pessoas, a forma com que as pessoas tratam o amor. O sentimento não existe se não existir alguém que

o sinta. Tudo decorre a partir do momento que tratamos o amor com ingenuidade e não com genuinidade. Estar vivo é risco constante de magoar e ser magoado. E é exatamente por este motivo que tão constante quanto nossos erros e os erros dos demais, deve ser a nossa mudança, com outras palavras, a transformação do sofrimento em atitudes que revolucionem todo e qualquer

conceito desesperança.

Mas genuíno do que o amor, é o ato profundo de amar sem esperar ser

amado.

Andresa de Oliveira
Enviado por Andresa de Oliveira em 17/10/2018
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